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Capital

Comissão se reúne com vereadores para discutir remoção da Cidade de Deus

Filipe Prado e Kleber Clajus | 20/11/2014 13:10

Uma comissão de cerca de sete pessoas da favela Cidade de Deus se reuniram hoje (20) com vereadores na Câmara Municipal de Campo Grande. Os moradores da área afirmam que apenas 120 famílias da favela serão contempladas com a área no Bairro Noroeste e pediram soluções.

De acordo com o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, a prioridade no momento é conseguir energia elétrica para a população da Cidade de Deus, já que a retirada foi uma “pressão” para que as famílias se mudassem para o Noroeste.

Carlão defendeu a criação de uma cadastro efetivo para os moradores. “Para que possa ter uma dimensão de quantas famílias necessitam serem removidas, para que não sejam pegas de surpresa”, comentou.

Em relação a mudança, a comissão questionou a falta de estrutura no bairro, pois não querem sair de uma favela para irem para outra, porém o Carlão afirmou que no local eles serão contemplados com um terreno onde terá água e luz. “Eles terão mais legalidade para viver”. Ainda disse que uma possível moradia popular poderá “vir depois em algum programa de habitação com recursos federais”.

Delei Pinheiro (PSB) admitiu que ainda não há um projeto concreto para atender as famílias e não “dar margens para especuladores”, que não necessitam das moradias. Ainda, em sua visão, o vereador acredita que os moradores devem ser removidos para locais próximos de onde já estão.

A petista Thais Helena acrescentou que remover as família para um lugar distante “cortará laços sociais, educacionais e até de saúde que eles tem”. Ela admitiu que a criação de casas populares para os moradores da Cidade de Deus pode demorar, assim como as da Portelinha, que demoraram quatro anos para serem concluídas.

Porém o líder do prefeito na câmara, Edil Albuquerque, revelou área no Noroeste irá oferecer infraestrutura para receber todos os moradores da Cidade de Deus, como energia elétrica, que foi cortada ontem (19) da favela. “Eles tem que sair de lá para o Noroeste, não tem como pegar cada um para definir o dia que vai sair. Esta solução era a que o prefeito tinha para oferecer de imediato”, concluiu.

Além deles, os vereadores Ayrton Araujo (PT), Luiza Ribeiro (PPS). Um grupo de moradores ainda aguarda a chegada do procurador geral do município, Fábio Leandro, para obter um posicionamento sobre o caso.

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