Condenado a 17 anos homem que matou colega em crise epilética
Mãe de Jullian Gabriel acompanhou todo o processo, cobrou justiça e disse se sentir de “alma leve" após o juri
O Tribunal do Júri condenou nesta sexta-feira (31) Janderson Maxwell Rochy da Silva, 27 anos, a 17 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de Jullian Gabriel da Silva Acosta, 30 anos, conhecido como “Gole”. O crime ocorreu na madrugada de 9 de janeiro, no cruzamento da Avenida dos Cafezais com a Rua Campo Nobre, no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande.
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A sentença foi acompanhada por Katiuscia Valentina, mãe de Jullian, que desde o crime conversava com a imprensa, participava de cada audiência e cobrava justiça para o filho. “Meu filho era só alegria e me sinto de alma leve”, disse ela, emocionada, ao deixar o Fórum de Campo Grande.
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O crime - De acordo com o Ministério Público, Janderson perseguiu e matou Jullian a facadas durante uma crise epilética. Familiares e amigos da vítima também acompanharam a sessão e a leitura da sentença.
Segundo a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), a motivação do crime foi o fato de Jullian ter pegado a bicicleta de Janderson sem autorização. “Com clareza de detalhes, Janderson expôs que alcançou a vítima em razão de ela estar caída ao solo, provavelmente convulsionando, tendo, então, dado início à execução do crime”, explicou à época o delegado Rodolfo Daltro.
Ainda conforme a polícia, após matar Jullian, Janderson jogou a faca fora e queimou o agasalho amarelo do Brasil que ele usava no momento do crime. Ele foi preso em fevereiro, dentro de uma despensa da casa onde morava, no bairro Moreninhas III, em Campo Grande, onde estavam seu pai, sua esposa e as duas filhas pequenas do casal.
Na madrugada do crime, Jullian bebia em frente a uma conveniência no Bairro Moreninha II quando pegou a bicicleta do suspeito para ir até a casa de um colega. O autor pegou outra bicicleta emprestada e passou a segui-lo. Câmeras de segurança registraram o momento em que Janderson perseguia o rapaz. Durante o trajeto, Jullian caiu e começou a convulsionar. Enquanto estava no chão, o réu tirou uma faca da cintura e passou a golpeá-lo. Mesmo agonizando e desorientada, a vítima conseguiu se levantar e tentou fugir, mas foi impedida pelo autor.

A condenação desta sexta-feira encerra um caso que chocou moradores da região pelo grau de violência e pela vulnerabilidade da vítima no momento do ataque. Para a mãe, que transformou a dor em mobilização por justiça, a decisão do júri representa um alívio depois de mais de oito meses de espera.
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