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Capital

Contra CPI do Cimi, índios ocupam e prometem dormir na Assembleia

Ricardo Campos Jr. e Leonardo Rocha | 25/11/2015 13:55
Indígenas estão acampados no saguão da Assembleia Legislativa e prometem dormir no local em protesto (Foto: Leonardo Rocha)
Indígenas estão acampados no saguão da Assembleia Legislativa e prometem dormir no local em protesto (Foto: Leonardo Rocha)

Cerca de 50 indígenas estão acampados no saguão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul pedindo celeridade na CPI do Genocídio e o fim da CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionário). Eles prometem ficar no local até amanhã, quando deverão acompanhar a sessão parlamentar. Os deputados estaduais Zé Texeira (DEM), Felipe Orro (PDT) e Cabo Almi (PT) tentaram convencê-los a mudar de ideia, mas não conseguiram.

A Sejusp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) foi acionada. Por enquanto, a situação está tranquila e não há nenhuma movimentação no sentido de expulsá-los.

Quando os índios chegaram, os seguranças os fizeram deixar arcos, flechas e outras armas tradicionais na entrada. Eles concordaram, já que estão no prédio para fazer um protesto pacífico, e ficaram apenas com os trajes e adereços típicos.

O grupo também levou 390 cruzes de madeira representando os 390 mortos pelo conflito de terras nos últimos 12 anos no estado.

Teixeira, Orro e Almi disseram a eles que as investigações não devem punir o conselho enquanto entidade, mas os membros dele que estejam agindo em desacordo com a lei. Os caciques, no entanto, se mantiveram contrários à CPI por sentirem-se afrontados, pois garantem que todas as decisões são tomadas pelas tribos e não por terceiros.

Os indígenas também reclamam que os movimentos sociais que os apóiam estão sendo criminalizados.

Sobre as demarcações, Zé Teixeira disse que o primeiro passo para solucionar os conflitos é buscar um acordo com o Governo Federal, lembrando que existe um fundo para aquisição de recursos destinados à demarcação de terras.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) enviou uma proposta à presidente Dilma Rousseff (PT) para usar o repasse da dívida do estado com a União, que hoje é por volta de 80 milhões, para resolver o problema, mas ainda não houve resposta.

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