ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Defesa de Anderson, condenado por morte de Mayana, tenta anular júri

Nadyenka Castro | 02/04/2012 13:58

Para advogados do rapaz, não houve dolo eventual e sim “culpa consciente”

Anderson, de camisa branca, foi condenado a 18,9 anos de prisão. Willian se livrou da cadeia. (Foto: Marlon Ganassin)
Anderson, de camisa branca, foi condenado a 18,9 anos de prisão. Willian se livrou da cadeia. (Foto: Marlon Ganassin)

A defesa de Anderson de Souza Moreno, condenado a 18 anos e nove meses de prisão pela morte de Mayana de Almeida Duarte após uma colisão de trânsito, quer anular o júri popular realizado no dia 29 de fevereiro deste ano.

Os advogados do rapaz, Antonino Moura Borges e Daniel Zanforlim Borges alegam que não há provas para condenação por homicídio por dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de produzir o resultado).

Para eles, o que aconteceu foi “culpa consciente”. “O excesso de velocidade é imprudência, não é vontade de matar”, diz Antonino explicando que se Anderson quisesse causar o acidente, seria suicida. “Então você fala que ele é suicida também”.

No recurso de apelação, os advogados questionam ainda a formulação dos quesitos aos jurados, as qualificadoras e o depoimento de testemunhas que afirmam que o sinal estava vermelho para Anderson.

A defesa de Anderson pede a nulidade do júri. Se a Justiça acatar, um novo julgamento será realizado. Além de declarar nulo o júri, a Justiça pode reduzir a pena de Anderson ou não aceitar o recurso, o que mantém o caso como está.

O caso- Na madrugada do dia 14 de junho de 2010, Anderson dirigia um Vectra pela avenida Afonso Pena e colidiu com o Celta conduzido por Mayana no cruzamento com a rua José Antonio.

Perícia constatou que o rapaz trafegava em alta velocidade. Testemunhas e provas produzidas pela acusação apontam que ele passou o cruzamento no sinal vermelho.

Antes da colisão, Anderson disputava racha com Willian Jhony, que dirigia um Fiat Uno. Willian também foi a júri, confessou o crime de racha e se livrou da prisão e da acusação por homicídio doloso. Mayana foi encaminhada ao hospital em estado grave e morreu 10 dias depois.

Anderson foi condenado por homicídio doloso e também pelos crimes de racha e embriaguez. Willian Jhony foi condenado pelos crimes de trânsito. Para se livrar da prisão, ele terá que fazer serviço voluntário no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), está proibido de frequentar de bares, entre outras coisas.

Nos siga no Google Notícias