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Capital

Defesa de Jamil Name busca cópia de decisão e critica “tempos estranhos”

"Não receber cópia da decisão no ato em que autoridades entram em sua residência já revela uma grave ilegalidade", diz advogado

Aline dos Santos | 27/09/2019 10:04
Advogado André Borges diz que ainda busca cópia de decisão sobre operação. (Foto: Henrique Kawaminami)
Advogado André Borges diz que ainda busca cópia de decisão sobre operação. (Foto: Henrique Kawaminami)

A defesa de Jamil Name, alvo nesta sexta-feira (dia 27) de operação contra milícia e organização criminosa responsável por homicídios, chegou a casa do empresário afirmando que ainda não obteve cópia da decisão judicial que determinou a prisão dele e do filho.

“Por ora estão a cumprir busca e apreensão. A defesa já requereu e está no aguardo de cópia de tudo, para melhor se posicionar. Não receber uma cópia da decisão no ato em que autoridades entram em sua residência já revela uma grave ilegalidade, típica dos tempos estranhos em que vivemos”, afirma o advogado André Borges, que compartilha a defesa do empresário com Renê Siufi.

André Borges, confirmou o mandado de prisão e disse que vai "implorar" pelo acesso à decisão.

Jamil Name e Jamil Name Filho foram presos preventivamente, mas ainda não deixaram a residência, em condomínio de luxo no Jardim São Bento. A operação é realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), força-tarefa da Polícia Civil que investiga execuções na Capital, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) Batalhão de Choque e Bope.

Ao todo, são 23 ordens de prisões: sendo 13 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária em Campo Grande. A lista de presos inclui um policial federal e quatro policiais civis. A operação foi autorizada pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira.

Advogado  Renê Siufi também esteve hoje no condomínio de Jamil Name. (Foto: Henrique Kawaminami)
Advogado Renê Siufi também esteve hoje no condomínio de Jamil Name. (Foto: Henrique Kawaminami)

Nome da operação, Ormetà é um código de honra da máfia italiana, que faz voto de silêncio. Jamil Name é o empresário para quem trabalhava o então guarda municipal Marcelo Rios, preso em maio com um arsenal que pode estar ligado a crimes de pistolagem em Campo Grande.

O arsenal tinha o mesmo modelo de fuzil usado em três execuções. As vítimas foram Ilson Martins de Figueiredo (policial militar reformado e então chefe da segurança da Assembleia Legislativa), Orlando da Silva Fernandes (ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat) e o universitário Matheus Coutinho Xavier (a suspeita é de que o alvo fosse seu pai, um policial militar reformado).

Na sequência, foram presos outros dois guardas municipais, que também trabalhavam na segurança do empresário. Eles foram denunciados pelo Gaeco por obstruir investigação e integrar organização criminosa.

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