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Capital

Delegacia de Homicídios recebe novas denúncias contra "Pedreiro Assassino"

Cléber ainda vai prestar depoimento oficial sobre os corpos que foram encontrados nos últimos dias

Viviane Oliveira e Marta Ferreira | 18/05/2020 10:42
Cleber (de camisa cinza) na casa onde o 7º corpo foi encontrado no sábado (16), na Rua Netuno, na Vila Planalto (Foto: Kisie Aionã)
Cleber (de camisa cinza) na casa onde o 7º corpo foi encontrado no sábado (16), na Rua Netuno, na Vila Planalto (Foto: Kisie Aionã)

A DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) de Campo Grande recebeu mais denúncias pelo WhatsApp da unidade policial contra o “Pedreiro Assassino” Cléber de Souza Carvalho, 43 anos, matador confesso de pelo menos 7 pessoas, entre 2015 e 2020.

O delegado Carlos Delano, responsável pela investigação, confirmou ter recebido as informações  pelos números de WhatsApp e disse estar fazendo a checagem do que foi relatado. Ele não dá detalhes, nem números. Afirmou  estar apurando a verossimilhança das denúncias recebidas para, se for o caso, transformar em apuração oficial.

Cleber está no Cepol (Centro de Policiamento Especializado), onde fica a DEH, no Bairro Tiradentes. Ainda vai prestar depoimento oficial sobre os corpos que foram encontrados nos últimos dias. Por enquanto, o pedreiro tem uma prisão preventiva referente à morte de José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, mas deve ser solicitada à Justiça a decretação nos outros casos também, para evitar o risco de ele ser solto.

Casos  -  Os crimes do pedreiro começaram a ser descobertos no dia 7 de maio, após denúncia da família de José Leonel, morto e enterrado no quintal da casa dele, na Vila Nasser. Na mesma região, outra vítima foi localizada uma semana depois, no dia 15. José Jesus de Souza morreu aos 45 anos, ele estava desaparecido desde fevereiro. Também na sexta-feira, a Polícia descobriu o corpo de Roberto Geraldo Clariano, 50 anos, no Bairro Santo Amaro. A família não o via desde 23 de junho de 2018.

Bombeiros carregam o corpo de Timóteo Pontes Romã, de 62 anos, encontrado no fim da manhã de sábado, em poço desativado de cerca de 10 metros (Foto: Kisie Aionã)
Bombeiros carregam o corpo de Timóteo Pontes Romã, de 62 anos, encontrado no fim da manhã de sábado, em poço desativado de cerca de 10 metros (Foto: Kisie Aionã)

O quarto morto foi o jardineiro Hélio Taíra, 74 anos, desaparecido em 26 de novembro de 2016. Ele foi contratado por Cleber para limpar o terreno de uma casa, na Vila Planalto. O pedreiro matou o próprio primo, Flávio Pereira Cece, 34 anos. O crime ocorreu em 2015, mas nunca havia sido investigado. O corpo de Flávio também foi encontrado na sexta passada. Os dois eram vizinhos e motivo seria briga durante a construção de um muro que dividia as duas casas.

Na noite do dia 15, a Polícia já havia interrompido as escavações, quando o pedreiro apontou a localização de outro corpo. Claudionor Longo Xavier havia desaparecido no dia 18 de abril de 2019, aos 47 anos, quando saiu de motocicleta e nunca mais foi visto. A última vítima do pedreiro foi o aposentado Timóteo Pontes Romã, de 62 anos, encontrado morto no fim da manhã de sábado (15), em poço desativado de cerca de 10 metros, nos fundos da casa onde vivia, na Rua Netuno, Vila Planalto. Ele havia contratado Cleber para fazer uma calçada.

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