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Capital

Desde ontem, presos da Máxima fazem greve de fome em protesto por mais comida

Ana Paula Carvalho | 09/05/2011 16:13

Eles “reclamam” das mudanças na liberação da entrada de comida

Em dia de visita, familiares levam comida para detentos. (Foto: Simão Nogueira)
Em dia de visita, familiares levam comida para detentos. (Foto: Simão Nogueira)

Por maior quantidade de comida, presos da Segurança Máxima começaram ontem protesto com greve de fome.

Domingo foi dia de visita na unidade, em Campo Grande. Por ser “Dia das Mães”, a entrada de crianças foi liberada. Para garantir o almoço em família, muitas mulheres acordaram cedo para preparar uma boa refeição, mas ao chegar ao presídio, muitas tiveram que jogar parte da comida fora, isso porque, só era permitido entrar três quilos de alimentos.

O episódio desencadeou uma atitude extrema dos detentos. Após a saída dos visitantes, eles iniciaram uma greve de fome para pedir a liberação da entrada de uma maior quantidade de comida cozida nos dias de visita.

A irmã de um preso que não quis se identificar, disse que eles ficaram revoltados porque a comida não deu para todo mundo. “Só as crianças comeram. Em alguns casos, entraram a mãe e dois filhos e ainda tinha o preso para comer. Era pouca comida para tanta gente, por isso, nós nem almoçamos”, diz.

Segundo a assessoria da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), apenas alguns internos se recusaram a receber o almoço de hoje como forma de protesto contra as normatizações que o presídio está preparando. Eles disseram que os presos tomaram café da manhã normalmente.

Quanto à quantidade de comida permitida, a Agepen estipulou a entrada de apenas três quilos para evitar “problemas de saúde”, já que muitos internos guardavam o que sobrava e esses restos acabavam estragando.

A Agepen informou ainda, que a direção da Máxima já está tomando as medidas necessárias para solucionar o problema da greve.

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