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Capital

Desesperada, mãe pede ajuda para salvar filha de 15 anos das drogas

A mulher afirma que não sabe mais o que fazer e não quer mais a filha em casa

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 19/03/2021 07:58
Mãe em frente à delegacia, por volta das 6h desta sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami) 
Mãe em frente à delegacia, por volta das 6h desta sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

Sem saber o que fazer e a quem recorrer, uma mãe de 47 anos pede ajuda para tirar a filha de 15 anos das drogas. A mulher foi encontrada pela equipe de reportagem na manhã desta sexta-feira na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol após mais um episódio envolvendo a garota, que já chegou a ficar semanas fora de casa se drogando.

A mãe, moradora no Bairro Moreninha, contou que a filha ficou 15 dias em um abrigo para desintoxicação. Porém, a menina acabou liberada para continuar o tratamento em casa. “Ela foge. Fica dias fora se drogando, bebendo. Só volta para comer, dormir e tomar banho, quando toma”, lamenta.

Revoltada, a mulher afirma que não sabe mais o que fazer e não quer mais a filha em casa. “Não posso trancá-la porque é cárcere privado, não posso bater porque é maus-tratos. Ela não me respeita, não me obedece e não aceita as minhas ordens. Ela burlou o tratamento e tem que ser recebida de volta no abrigo”, desabafa.

Nesta madrugada, a mãe foi surpreendida pela polícia que encontrou a adolescente na rua e a levou de volta para a casa. “Falei para eles que não quero ela. É só eles virarem as costas para ela fazer tudo de novo. Nem estou ficando mais sozinha porque tenho medo das pessoas que ela leva em casa”, diz.

Sem saber o que fazer, a mãe tentou ajuda no Conselho Tutelar, mas afirma que não foi amparada. Hoje em dia os adolescentes podem tudo e os pais não podem nada. “Estou me sentindo desamparada”, reclama.

A reportagem tentou falar com o Conselho Tutelar, mas não conseguiu contato. O Campo Grande News não divulgou o nome da mãe, seguindo determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), para não identificar a criança.

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