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Capital

Despejo de comerciante da Antiga Rodoviária vai parar na delegacia

Clayton Neves | 17/04/2019 17:57
Policial Militar acompanha despejo de lojista na Antiga Rodoviária de Campo Grande.
Policial Militar acompanha despejo de lojista na Antiga Rodoviária de Campo Grande.

Foi parar na delegacia o despejo do casal de idosos Jamalci Leite Campero, de 79 anos e Elza Ichi, de 65 anos. Na manhã desta quarta-feira (17), os idosos encontraram parte dos materiais de trabalho jogados na calçada da loja que ocupavam há 6 anos na Antiga Rodoviária. Tanto a síndica do prédio, quanto os dois, foram levados por equipe da Polícia Militar para registrar termo circunstanciado da ocorrência. Enquanto isso, os materiais retirados pela manhã permaneceram na calçada. 

Para o advogado do casal, o despejo foi ilegal porque nenhuma ordem judicial foi protocolada. “O que aconteceu foi exercício arbitrário das próprias razões”, afirma José Carlos Barros, que faz a defesa dos dois.

De acordo com o advogado, pela Lei, era preciso protocolar ação de reintegração de posse, a partir daí, o oficial de Justiça intimaria os comerciantes para apresentarem suas defesas e por fim, viria, ou não, a decisão de despejo.

Lojistas da região relataram que, a loja de onde Jamalci e Elza foram despejados, está penhorada pela Justiça por causa de dívidas trabalhistas do dono, e por isso, não poderia ser retomada por ele.

O caso - Responsável por uma sapataria que funcionava em uma das salas desocupadas no prédio da antiga rodoviária, na região da Rua Barão do Rio Branco, Centro da Capital, o comerciante Jamalci Leite Campero, de 79 anos, foi surpreendido nesta quarta-feira (17) ao chegar para trabalhar. Ao lado da esposa, de 65 anos, o idoso encontrou parte dos materiais de trabalho jogados na calçada do estabelecimento.

O despejo chamou atenção de quem passava pelo local e até mesmo de outros lojistas do prédio. “Na verdade a gente usava essa sala apenas como deposito. Há seis anos, o antigo sindico, permitiu que o local fosse ocupado pela gente, já que estava parado”, revelou o comerciante, que também aluga uma das salas do prédio desde 2000.

Elza Ichi, esposa de Jamalci, a atitude foi desnecessária. “Não estamos nos negando a sair, mas nenhum tipo de notificação ou documento foi nos apresentado. Se o dono pediu, vamos sair, mas precisamos de um tempo”, relatou. Ainda segundo ela, o marido enfrenta problemas de saúde e, recentemente, precisou ser hospitalizado, o que dificultou ainda mais a procura por um outro lugar.

Ao Campo Grande News, a sindica do prédio, Rosane Mely Lima, contou que já vinha conversando com o casal há pelo menos 5 meses e confessou que o pedido de despejo partiu dela.

Após se atentar para a situação do comércio, Rosane conta que entrou em contato com o proprietário e ele mesmo teria solicitado pegar de volta. A sindica afirma ainda que conversou mais de uma vez com o casal, inclusive na última sexta-feira (12), mas isso foi rebatido pelos comerciantes.

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