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Capital

Dia Nacional do Surdo é comemorado com apresentações culturais na Praça do Rádio

Mariana Lopes | 26/09/2012 12:03
Carlos alerta para a falta de abertura para as pessoas surdas no mercado de trabalho (Foto: Simão Nogueira)
Carlos alerta para a falta de abertura para as pessoas surdas no mercado de trabalho (Foto: Simão Nogueira)

Durante esta quarta-feira (26), a Praça do Rádio Clube será palco da “II Mostra Cultural: Respeito às Línguas de Sinais e à Cultura Surda”, para comemorar o Dia Nacional do Surdo.

Na parte da manhã, a programação teve palestras, apresentações de música, dança e teatro. A partir das 13h30 até às 17h, a programação continua com mais apresentações culturais.

Alunos de escolas públicas interpretam em libras músicas como “Tocando em Frente”, “Se eu Apenas Te Tocar”, “A Razão e o Coração”, “Aos Olhos do Pai”. Também terá declamação de poesia e espetáculo teatral, tudo apresentado em língua de sinais.

Na rede municipal de ensino há 102 alunos surdos que são atendidos por intérpretes durante as aulas, no total são 50 profissionais especializados em lígua de sinais.

Segundo a técnica de divisão da Educação Especial da Semed (Secretaria Municipal de Educação), Karine Albuquerque, no período em que os alunos não estão na aula, a prefeitura conta com o AEE (Atendimento de Educação Especializada), que oferece aula de libras e reforço escolar.

Para a sociedade em geral, a Semed também tem curso de Libras. Atualmente são 14 turmas abertas e as aulas são gratuitas. Os interessados podem se inscrever na Divisão Especial da Secretaria, pelo telefone 3314-3840.

Stand da Ceada expõe o trabalho realizado com deficientes auditivos há 27 anos (Foto: Simão Nogueira)
Stand da Ceada expõe o trabalho realizado com deficientes auditivos há 27 anos (Foto: Simão Nogueira)

“É importante fomentar a língua de sinais e a comunicação com as pessoas surdas”, pontua a coordenadora do Cas (Centro de Apoio às Pessoas com Surdez), Suliane Kelly Aguirre.

Para Carlos Terrazas, professor de Libras do Cas e deficiente auditivo, a falta de comunicação dificulta até na hora de conseguir passos mais largos no mercado de trabalho. “Falta acessibilidade, as pessoas precisam entender que a nossa capacidade é a mesma de qualquer pessoa, só nos comunicamos de forma diferente”, diz.

De acordo com Beatriz Maria Santos, intérprete do Ceada (Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação), a escola mantida pelo Estado oferece educação infantil e fundamental a 86 alunos surdos, além de atendimento fonoaudiólogo, psicológico, assistente social, terapia ocupacional.

Além das apresentações culturais, a Praça do Rádio está com exposição de materiais confeccionados por pessoas surdas e atividades de educação, promovidas pela Semed, por meio da Divisão de Educação Especial, do Ceada, CAS e Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

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