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Capital

Do alto, o "antes e depois" mostra transformação da 14 após comércio reaberto

Rua mais tradicional da região central está com movimento intenso nas calçadas e na pista

Marta Ferreira | 07/04/2020 12:10



Em 1972, quase 50 anos atrás,  Rita Lee e o então companheiro Arnaldo Baptista cantaram a teimosia. À época, os versos “não vem cá, não vem cá” eram respondidos com “eu vou, eu vou”, no álbum “O primeiro dia do resto de sua vida”, em verdade o último gravado pela banda Mutantes.

A composição, no ritmo tropicalista, repete à exaustão as palavras, tal qual as autoridades estão insistindo no “fique em casa” neste 2020 de pandemia de novo coronavírus, doença de alto nível de contágio e potencial de fatalidade, principalmente para grupos de risco, como idosos e pessoas com enfermidades como diabetes e hipertensão.

Mas, a julgar por imagens gravadas pelo Campo Grande News com o uso de drone, no “antes” e no “depois” da reabertura do comércio, os cidadãos estão respondendo igual o casal da canção citada, com teimosia.

É nítida, do alto, a transformação da cidade entre a gravação feita quando o comércio não podia abrir, para frear a contaminação, e o cenário com a maior parte das lojas em atividade.

Na 14 de Julho, a rua mais tradicional do Centro, revitalizada no ano passado, o registro com as medidas restritivas em vigor mostra a calçada vazia e a pista também, cortada volta e meia por um ou outro veículo.

Depois da flexibilização das regras, nesta segunda-feira (7), após muita pressão sob a prefeitura, com os estabelecimentos abertos, as calçadas começam a encher e o volume de carros ainda não é do de um dia comum, mas é intenso.

Teimosia que é risco - As idas ao Centro da reportagem do Campo Grande News  e a conversa com as pessoas revelam que, diferentemente da orientação, não está na rua só quem precisa, para trabalhar, para ir ao médico em questões de urgência ou para comprar itens de primeira necessidade.

Vê-se muitos idosos, sem a proteção orientada, a máscara facial. Percebe-se, ainda, ajuntamento de pessoas, outra situação condenada.

Para as pessoas, cuja saída de casa é  por opção, o comportamento é reprovado, dada a ampliação do risco de disseminação da doença. A relação é direta, alerta todo profissional envolvido com o controle da pandemia: mais gente na rua, é mais vírus circulando.

Além do vídeo feito, evidenciando a situação relatada neste texto, vamos transportar para  Mato Grosso do Sul, guardadas todas as proporções, uma projeção feita pelo governo de São Paulo para manter medidas restritivas de circulação.

Segundo esse dado, sem isolamento social, o número de casos de novo coronavírus seria duas vezes e meia maior. Teríamos, em vez dos 80 casos anunciados no boletim desta terça-feira,  200.

A prevenção, hoje? Ficar em casa para quem tem essa possibilidade.

E se você tiver curiosidade, a música citada é essa abaixo:


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