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Capital

Dupla que matou mulher em racha na Interlagos pode ir a júri popular

Nadyenka Castro e Aline dos Santos | 17/05/2012 09:23

Procedimento contra Emerson Gonçalves Bureman e Disney Diniz Bezerra tramitava na 3ª Vara Criminal. MPE entende que houve dolo e a juíza determinou competência do Tribunal do Júri

Racha entre Caravan e Chevete terminou em acidente, uma pessoa morta e duas feridas.(Foto: Lucimar Couto)
Racha entre Caravan e Chevete terminou em acidente, uma pessoa morta e duas feridas.(Foto: Lucimar Couto)

Podem ir a júri popular os dois homens acusados de disputar racha que terminou em acidente e morte na avenida Interlagos, em Campo Grande, na noite de 11 junho do ano passado.

Nesta semana, a juíza titular da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, Eucélia Moreira Cassal, repassou o processo para Vara do Tribunal do Júri, que julga crimes em que houve intenção ou se assume o risco de matar.

A Polícia Civil concluiu que Emerson e Disney disputavam racha quando houve a colisão entre os veículos deles, seguida de batida na motocicleta onde estavam Tony Vilmar dos Santos Oliveira e namorada Seila Maria de Oliveira Afonso. Ela morreu e Tony sofreu ferimentos graves.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Wilton Vilas Boas de Pádua, o inquérito foi concluído em março deste ano. A demora foi devido a um laudo. Após o acidente, Disney, condutor do Chevette, arremessou um objeto para fora do veículo. A perícia tentou identificar se era uma lata de cerveja, mas a análise das imagens não permitiu determinar o que era o objeto.

Conforme o delegado, os laudos confirmaram que o Chevette e a Caravan (conduzida por Emerson) estavam, no mínimo, a 105 km/h. “O cálculo foi feito de acordo com as marcas de frenagem e o impacto”, afirma.

A perícia também apontou que os veículos não sofreram alterações, prática comum para “turbinar” os carros na disputa de racha. Também não há exame para verificar se os condutores estavam embriagados. Logo após o acidente, Emerson foi levado para o hospital e outro motorista fugiu.

O relato de testemunhas aponta que eles emparelharam os carros e seguiam em alta velocidade. “Seria muita coincidência eles se encontrarem na avenida por acaso, emparelhar os carros e sair em alta velocidade”, afirmou o delegado na conclusão do inquérito.

Outro caso - Em fevereiro deste ano, Anderson de Souza Moreno e Willian Jhony de Souza Ferreira foram a júri popular por terem disputado racha na avenida Afonso Pena, que terminou em acidente e morte de Mayana Almeida Duarte.

Os dois disputaram racha por algumas quadras da via. Quando já tinham terminado, Anderson seguiu em alta velocidade e colidiu o Vectra que conduzia no Celta dirigido por Mayana, no cruzamento com a rua José Antônio.

Mayana morreu após 11 dias no hospital. Em júri popular, Anderson foi condenado a 18 anos e 9 meses de prisão. Ele está na cadeia desde o início do ano passado. A defesa dele recorre da decisão.

Willian Jhony foi condenado a prestar serviços no Corpo de Bombeiros por dois anos pelo racha e por dirigir embriagado, sendo absolvido da acusação de homicídio.

Anderson, de camisa branca, foi condenado pelo racha e pela morte. Willian foi absolvido do homicídio. (Foto: Marlon Ganassin)
Anderson, de camisa branca, foi condenado pelo racha e pela morte. Willian foi absolvido do homicídio. (Foto: Marlon Ganassin)
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