Em 30 dias, Prefeitura prevê começar a limpar imóveis e cobrar dos donos
Segundo o secretário municipal de saúde, a medida está sendo estudada e busca dar mais efetividade ao trabalho dos agentes
Para dar mais efetividade às ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Prefeitura de Campo Grande estuda adotar medidas rígidas na Capital. Além de ter acesso a imóveis fechados para vistoria, o Município quer fazer a limpeza e repassar a conta aos proprietários dos imóveis.
O titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), José Mauro Filho, explica que a medida envolve várias pastas. A expectativa, afirma, é de que comece a valer em 30 dias.
"Avaliamos os trabalhos de combate à dengue nesta semana e os agentes de saúde relatam as dificuldades nas ações em casas e terrenos fechados. Por isso precisamos tomar medidas mais amplas para solucionar este problema", disse. "Vamos desenhar, ver uma modalidade jurídica para ter uma medida efetiva e que seja autorizada, ninguém deve fazer nada intempestivamente", completou.
Segundo ele, os agentes de saúde não conseguem fazer abordagem para saber se há foco de dengue ou não em pelo 20% dos imóveis que estão fechados. José Mauro explica que a ideia é repassar os custos que o Município tem, que envolve despesas como equipamentos, plantões de funcionários e combustível.
O secretário adianta que o valor que poderá ser cobrado ainda está sendo levantado pela administração pública, mas deve seguir um cálculo por metro quadrado. Para a implementação, a medida será discutida em uma reunião nesta sexta-feira e deverá passar por conselhos e pela Câmara Municipal de Campo Grande para ser discutida com a população em um caráter informativo.
Dengue - No último Liraa, divulgado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) em novembro, 22 das 68 áreas catalogadas em Campo Grande estavam em estado de alerta.
Segundo a Sesau, de janeiro a dezembro de 2019 foram notificados 39.301 casos de dengue em Campo Grande. Destes, 19.647 foram confirmados e oito terminaram em mortes. O ano passado ainda contou com 438 casos de zika e 243 de chikungunya na Capital.