Dólar chega a R$ 5,59 e bolsa cai com tensão por tarifa dos EUA ao Brasil
Ibovespa fechou a sessão de hoje aos 132.129 pontos
O dólar comercial avançou 0,52% nesta segunda-feira (28), fechando cotado a R$ 5,59, com máxima intradia de R$ 5,60, maior valor desde 4 de junho. Ao mesmo tempo, o índice Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores, recuou 1,04%, fechando aos 132.129 pontos, nível mais baixo desde abril.
RESUMO
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A alta da moeda e a queda da Bolsa refletem a instabilidade no mercado diante da expectativa do início, em 1º de agosto, da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo governo dos Estados Unidos. A medida impõe uma sobretaxa significativa às exportações do país, aumentando custos e reduzindo competitividade.
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No domingo (27), os Estados Unidos firmaram um acordo comercial com a União Europeia, reduzindo a tarifa para 15% sobre produtos do bloco, incluindo automóveis e farmacêuticos. O aço e o alumínio permanecem sujeitos à sobretaxa de 50%. Enquanto isso, o Brasil segue sem avanços nas negociações para evitar a aplicação da tarifa mais alta.
O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) afirmou que mantém diálogo técnico com os EUA, mas ressaltou que a soberania brasileira é inegociável. Já o vice-presidente Geraldo Alckmin confirmou conversas com autoridades americanas, porém destacou que as decisões estão centralizadas na Casa Branca.
Especialistas alertam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode registrar perdas de até R$ 175 bilhões caso o "tarifaço" seja mantido. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a falta de canais efetivos para negociação direta com o governo americano.
O acordo entre EUA e União Europeia dividiu opiniões na Europa, com líderes lamentando o impacto sobre a união comercial. No mercado financeiro, ações europeias recuaram, enquanto índices dos EUA atingiram recordes, beneficiados pelo fortalecimento das empresas locais com a nova política tarifária.
No Brasil, comitiva de senadores liderada por Nelsinho Trad (PSD) está em Washington para tentar reverter a decisão, mas interlocutores afirmam que o governo americano mantém postura inflexível. A situação intensifica a preocupação do setor exportador e a pressão sobre o governo brasileiro para buscar alternativas diante do "tarifaço".
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