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Capital

Em bairro que bebê foi deixada, cachorrinha comprova que adotar é hábito

Abandonada, filhote saiu do lixo e se tornou ‘Princesa’ com direito a irmã

Aletheya Alves | 01/02/2021 08:43
Princesa foi resgatada do lixo há cerca de quatro meses. (Foto: Paulo Francis)
Princesa foi resgatada do lixo há cerca de quatro meses. (Foto: Paulo Francis)

Nas ruas do bairro Guanandi, em que recém-nascida foi deixada em frente a portão de casa, outra história de adoção mostra que o amor pelo outro é hábito por ali. Há cerca de quatro meses, na rua Altamira, uma cachorrinha foi resgatada do lixo e se tornou ‘Princesa’. E esse tipo de ação é rotina entre os vizinhos.

Morador do bairro, de 46 anos, que preferiu não se identificar, conta que saiu para caminhar e encontrou um filhote próximo de casa. “Ela era bem bebezinha, fui caminhar um dia e encontrei ela em uma vasilha no lixo”.

De acordo com o representante de vendas, a decisão de adotar demorou menos do que cinco minutos. “Coloquei ela no chão, ela não chorou nem nada, aí pensei ‘vou levar’. Dei os remédios e está aí”, explicou. Desde então, Princesa ganhou uma irmã mais velha, Julie, e quem olha nem pensa que um dia foi deixada em meio a objetos que precisavam ser descartados.

O abandono é classificado como forma de maus-tratos, crime previsto em lei número 14.064/2020. O crime pode levar a pena de dois a cinco anos de detenção, além de multa e proibição da guarda. Denúncias podem ser feitas pelo número 153, para a Guarda Civil Metropolitana e para (67) 3325-2567 ou 3382-9271, contato da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista.

Cachorrinha ganhou irmã após ser adotada. (Foto: Paulo Francis)
Cachorrinha ganhou irmã após ser adotada. (Foto: Paulo Francis)

A família que a resgatou é otimista, acha que quem deixou a cadela ali pensou no bem do animal. O bairro é muito tranquilo e cheio de crianças, por esse motivo acreditam que a cachorrinha foi abandonada por ali.

Sobre a bebê recém-nascida deixada na rua ao lado, o morador explica que foi um choque para todos da região, “todo mundo ficou assustado. Como foi aqui do lado, o pessoal comenta muito, ninguém esperava isso”.

Recém-nascida - Na sexta-feira (29), todos os olhos se voltaram para o bairro Guanandi quando foi divulgada a notícia de que uma bebê recém-nascida havia sido deixada em frente ao portão de uma casa. Ainda ensanguentada, a criança foi encontrada na rua Cocal por Roseli da Silva, de 48 anos, dentro de uma sacola.

Após identificar que de fato era um bebê, Roseli tocou a campainha da empresária e arte educadora, Kely Zerial, de 37 anos, e gritou no interfone que havia uma criança na calçada da casa. Ao Campo Grande News, a empresária explicou que já entrou com pedido de guarda da criança.

Se preparando há mais de um ano para se tornar mãe, Kely relatou que não pensou duas vezes para tomar a decisão após acolher a menina. “Era tanta sujeira de parto, sangue. Eu só queria limpar e ver se a criança estava inteira. Se a criança estava bem, a minha preocupação era saber se a criança estava respirando”, disse.

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