Em dezembro, cidade atinge 80km de vias para bicicleta
Com as obras da ciclovia no canteiro central da Avenida Afonso Pena em fase de conclusão, Campo Grande se firma como a Capital com o maior circuito de vias exclusivas no País para os usuários de bicicletas com mais de 80 quilômetros de ciclovias. Com uma extensão de 7,6 quilômetros, a nova ciclovia começa no início da Afonso Pena, na Praça Newton Cavalcante, e vai até o Parque dos Poderes. A inauguração da obra está prevista para segunda quinzena de dezembro.
A obra, orçada em R$ 147 mil, começou em agosto e chegou a se suspensa por 15 dias por decisão da Justiça que acatou ação do Ministério Público, que questionava a construção no canteiro recém-revitalizado e inaugurado. Mas a prefeitura conseguiu reverter à situação.
De acordo com o secretário João Antônio De Marco (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), a Capital é hoje integrada pelo circuito de Norte a Sul e de Leste a Oeste. “O mais importante nessa ciclovia, na Afonso Pena, é que ela é no circuito Oeste-Leste. Começa no Distrito Industrial, no Indubrasil, vem até a Vila Popular, atravessa o aeroporto e integra com a ciclovia da Avenida Duque de Caxias, chega à Praça Newton Cavalcante e integra com a nova ciclovia na Afonso Pena”.
De Marco diz que a implantação das ciclovias tem motivado o surgimento de grupos que gostam de praticar o ciclismo. Além disso, o trabalhador que quiser se deslocar para o serviço de bicicleta, tem mais segurança trafegando pelas ciclovias. “A ciclovia é uma demanda do desenvolvimento urbano, das grandes cidades, que são exemplos de mobilidade urbana”, explicou.
Uma destas cidades foi visitada pelo prefeito Nelsinho Trad e pelo secretário. É Bogotá, capital da Colômbia, que possui o maior circuito de ciclovias do mundo. Foi nesta cidade que o prefeito buscou a ideia para Campo Grande. “Ciclovia é sinônimo de qualidade de vida com respeito à natureza. Também humaniza o trânsito e a ciclovia da Afonso Pena atende a todos os requisitos, tanto no aspecto sinalização como na preservação do meio ambiente”, afirmou Nelsinho Trad.
O projeto de mobilidade urbana que prevê recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no valor de R$ 180 milhões para a construção de 12 corredores exclusivos para o transporte coletivo urbano, também inclui a construção de mais quatro terminais de ônibus, nos quais serão construídos bicicletários. “O cidadão chega de bicicleta, pega o ônibus e se desloca para o trabalho”, disse o secretário De Marco, que, baseado em que viu em outras cidades, analisa ainda a possibilidade de que estes terminais disponibilizem bicicletas para locação.
