Em júri, homem nega ter matado amiga após discussão por jogo do “Tigrinho”
Testemunhas viram ele entrando e saindo da casa da vítima com a faca após desentendimento
Douglas Mikael Teles de Souza Gabilani, de 31 anos, negou ter matado a mulher trans, Maria Eduarda, de 34, após discussão por jogo do "Tigrinho". Ele foi interrogado durante julgamento nesta quarta-feira (8). O crime ocorreu no dia 23 de agosto do ano passado, no Jardim das Meninas, em Campo Grande.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Douglas Mikael Teles de Souza Gabilani, de 31 anos, está sendo julgado pelo assassinato da mulher trans Maria Eduarda, de 34 anos, ocorrido em agosto de 2022 no Jardim das Meninas, em Campo Grande. Durante o julgamento, ele negou a autoria do crime. Segundo o Ministério Público, o crime teria sido motivado por uma dívida de R$ 200 em um jogo de "Tigrinho". A vítima havia enviado áudio à irmã demonstrando medo do acusado antes de ser morta a facadas. Testemunhas relataram ter visto o réu com a arma do crime, posteriormente encontrada por crianças na rua.
Ao juiz Aluizio Pereira dos Santos, Mikael disse que, no dia do crime, havia sofrido um acidente e estava com muita dor. Em casa com a esposa, pensou em ir até a residência de Maria Eduarda para usar drogas e, consequentemente, aliviar a dor. Diante da recusa da esposa, houve discussão entre o casal.
- Leia Também
- Suspeito de matar mulher por jogo do "Tigrinho" é preso
- Mulher é morta a facada durante briga por jogo do "Tigrinho"
Mikael diz que, em seguida, acionou um motorista de aplicativo e foi para a casa da mãe. Só horas depois, ficou sabendo da morte de Maria Eduarda.
No entanto, segundo o Ministério Público, o relato não bate com as provas obtidas pela polícia. Segundo a investigação, Mikael estava na companhia de Maria Eduarda e jogou "Tigrinho" na conta dela, porque precisava de um cartão de crédito cadastrado para ter conta na plataforma. Ele ganhou R$ 800 durante o jogo.
Então, Maria Eduarda mandou R$ 600 para ele e faltaram R$ 200. Mikael achou que a mulher não iria pagar e a matou a golpes de faca. O Ministério Público afirma que testemunhas o viram entrando e saindo com a faca – encontrada no dia seguinte por crianças que brincavam na rua.
A vítima chegou a mandar um áudio para a irmã pedindo os R$ 200 que faltavam, porque já estava com medo de ser morta pelo "amigo". O júri ainda está em andamento e não há horário definido para a sentença do réu.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.