ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Em protesto, bancários pedem reajuste, segurança e fim de metas abusivas

Manifestantes representam 2,7 mil funcionários de agências de 27 cidades de MS

Caroline Maldonado e Izabela Cavalvcanti | 19/08/2022 10:53
Bancário em manifestação, em frente a agência do Banco do Brasil, na esquina da Avenida Afonso Pena e Rua 13 de Maio. (Foto: Izabela Cavalvcanti)
Bancário em manifestação, em frente a agência do Banco do Brasil, na esquina da Avenida Afonso Pena e Rua 13 de Maio. (Foto: Izabela Cavalvcanti)

Bancários fazem manifestação com panfletagem nesta manhã, em frente a agência do Banco do Brasil, na esquina da Avenida Afonso Pena e Rua 13 de Maio. Representando 2,7 mil funcionários de agências de 27 municípios de Mato Grosso do Sul, eles pedem que os bancos apresentem proposta de reajuste salarial e fazem ainda outras exigências, como a não retirada das portas giratórias, que dão segurança aos trabalhadores, e o fim de metas consideradas abusivas.

Também estão entre as reivindicações, que acontecem no País todo hoje, mais contratações, melhorias nas condições de trabalho, segurança, combate ao assédio e igualdade de oportunidades, segundo a presidente do SEEBCG-MS (Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região), Neide Rodrigues.

A definição do reajuste está em negociação que já dura dois meses, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Os bancos se negam a entregar uma proposta que atenda às reivindicações, conforme o sindicato. A categoria precisa assinar uma nova CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) até o dia 31 de agosto, data em que o atual acordo perde a validade.

Hoje, o salário base é de R$ 3,5 mil. Os bancários pedem reajuste que contemple a inflação, além de 5% de ganho real.

“São impostas metas abusivas aos trabalhadores, além de assédio moral e sexual. É um assunto muito importante para o movimento sindical e para a classe trabalhadora. Na mesa de negociação de ontem, conseguimos avançar. Os bancos se comprometeram a criar um canal de denúncias. Hoje, em dois meses de negociação, não temos uma proposta de índice. Os bancos são os que mais lucram nesse país. Mesmo na pandemia, eles lucraram absurdamente. Não dá para a categoria ficar sem nenhum reajuste”, disse Neide, durante a manifestação.

Bancários em manifestação, em frente a agência do Banco do Brasil, na esquina da Avenida Afonso Pena e Rua 13 de Maio. (Foto: Izabela Cavalvcanti)
Bancários em manifestação, em frente a agência do Banco do Brasil, na esquina da Avenida Afonso Pena e Rua 13 de Maio. (Foto: Izabela Cavalvcanti)

Os manifestantes lembram que os bancos têm condições de apresentar propostas que atendam a essas reivindicações, pois só em 2021, o lucro dos cinco maiores bancos do país (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander) ultrapassou os R$ 132 bilhões.

Desde 2013, 77 mil bancários foram demitidos, no Brasil. Entre março de 2021 e março de 2022, 1.007 agências foram fechadas. Segundo o sindicato, os bancos querem retirar os vigilantes e as portas giratórias.

“Não é apenas um protesto sobre a nossa negociação salarial. É um ato que exige que as instituições financeiras respeitem também a população. Os bancos prestam um serviço essencial, nossas reivindicações têm o objetivo de melhorar a vida dos trabalhadores e garantir um atendimento digno à população”, disse Neide.

Nos siga no Google Notícias