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Capital

Em vistorias, prefeitura cobra da Águas reparo do asfalto após obras

Técnicos da prefeitura e da concessionária visitam locais onde reparos nas redes de água e esgoto deixaram danos no pavimento; município quer consertos a partir das calçadas

Humberto Marques e Aline dos Santos | 20/01/2018 09:58
Rua na região do Alto São Francisco apresenta vazamento de água mesmo depois de reparos. (Fotos: Saul Schramm)
Rua na região do Alto São Francisco apresenta vazamento de água mesmo depois de reparos. (Fotos: Saul Schramm)

Técnicos da Prefeitura de Campo Grande e da Águas Guariroba realizam neste sábado (20) uma varredura pelas ruas da Capital, a fim de identificar obras da concessionária dos serviços de água e esgoto que deixaram defeitos no asfalto. O trabalho, iniciado nesta manhã pelo bairro Nossa Senhora das Graças (na região da Coophasul), é acompanhado pelo secretário Rudi Fiorese (Infraestrutura e Serviços Público) e seu adjunto, Ariel Serra.

A intenção com a vistoria –que deve envolver 25 locais relacionados em reportagem do Campo Grande News nesta semana– é identificar pontos onde obras da Águas não envolveram o reparo adequado do pavimento. Serra informou que, em locais da cidade nos quais o asfalto é mais antigo, a concessionária não tem “culpa” pelos problemas.

No entanto, em regiões onde o pavimento foi implantado há pouco tempo, “a concessionária terá de adotar novos procedimentos” tanto na instalação de redes como na sua manutenção.

Um exemplo dessa situação ocorre no Nossa Senhora das Graças, beneficiado com investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Alto São Francisco –que integra um pacote de R$ 311 milhões para pavimentação e implantação de drenagem. A ordem de serviço para a região data de 2014, e oficialmente as obras ainda não foram entregues. Porém, danos no asfalto já são identificados em alguns trechos.

Reparos nas redes de água e esgoto têm deixado recortes no asfalto, muitas vezes em locais recém-pavimentados.
Reparos nas redes de água e esgoto têm deixado recortes no asfalto, muitas vezes em locais recém-pavimentados.

Afundamento – Nas ruas Conselheiro João Alfredo e Mem de Sá, por exemplo, a rede de esgoto já causou afundamentos na pista. Na região do Alto São Francisco, desde novembro de 2017, já houve 16 pontos de vazamento de esgoto ou novas ligações de água. “A Águas terá de fazer um recorte maior do asfalto, retirar o material, refazer a base, jogar lama [asfáltica] e usar uma máquina vibroacabadora, que não deixa desníveis”, explicou o adjunto.

Serra reforçou que pode ter ocorrido falha na fiscalização do município no momento de realização das obras, porém, a concessionária é obrigada a realizar os reparos nessa situações. Ele lembrou de um trecho do corredor sudoeste do transporte coletivo, no cruzamento das ruas Brilhante e Vicente Solari, onde já houve problemas com a rede em quatro ocasiões –cabendo à Águas efetuar os consertos.

Calçadas – Ariel Serra também informou que, para realizar obras no asfalto, a Águas tem de pedir autorização à prefeitura, que vai analisar se libera ou não os procedimentos. Antes do início dos reparos, deverá ser avaliada a possibilidade de se efetuar os reparos a partir da calçadas.

“Se for imprescindível recortar o asfalto, terá de seguir os procedimentos”, destacou o secretário-adjunto, ao reforçar que a opção pelas obras no asfalto por parte da concessionária tem caráter econômico.

Ariel Serra afirma que Águas terá de pedir autorização para realizar obras que envolvam recortes no asfalto.
Ariel Serra afirma que Águas terá de pedir autorização para realizar obras que envolvam recortes no asfalto.

Atualmente, a Águas abre valas e, depois do serviço, deve recompor as camadas do pavimento e usar um equipamento para nivelação –o uso de sapos mecânicos (equipamento menor usado para nivelamento do asfalto em substituição ao rolo compactador) deve ser dispensado.

Diretor-executivo da Águas Guariroba, Celso Paschoal afirmou que os apontamentos da prefeitura deverão ser analisados “para tomarmos uma decisão conjunta” sobre os reparos.

Além do Alto São Francisco, o Campo Grande News apontou que trechos de ruas no Nova Lima e na Mata do Jacinto recém-pavimentados também apresentam vazamentos, conforme apontado por técnicos da Sisep.

Vinicius Campos, diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Serviços Públicos Delegados), reforçou que os cidadãos podem “agir como fiscais” e denunciar tais problemas com vazamentos frequentes ao município, a fim de cobrar os reparos, pelo telefone 3314-9945.

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