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Capital

Entidade afirma que secretária saiu da presidência 2 meses após assumir cargo

Ministério da Fazenda mostra Melissa Tamaciro como chefe da Convention e Visitors Bureau com projeto inscrito no Fmic

Tainá Jara | 06/12/2019 16:11
Melissa Tamaciro assumiu a chefia da Sectir em março deste ano, quando ainda era presidente da Convention Visitors Bureau de Campo Grande, inscrita para concorrer a recursos públicos (Foto: Divulgação/PMCG)
Melissa Tamaciro assumiu a chefia da Sectir em março deste ano, quando ainda era presidente da Convention Visitors Bureau de Campo Grande, inscrita para concorrer a recursos públicos (Foto: Divulgação/PMCG)

A Associação Convention e Visitors Bureau de Campo Grande afirma que a secretária municipal de Cultura e Turismo, Melissa Tamaciro, deixou a presidência da entidade dois meses depois de assumir o cargo na Prefeitura de Campo Grande, em março deste ano.

A entidade garante não entender porque no cadastro do Ministério da Fazenda a secretária ainda aparece como membro do quadro societário. A associação está inscrita para concorrer a recurso de R$ 3,2 milhões do Fmic (Fundo Municipal de Incentivo a Cultura). Vínculo entre a servidora e a instituição contraria o edital. 

Atual presidente da entidade, Camila Fernandes afirma que assumiu a diretoria em maio deste ano. “Já estava prevista a troca diretoria no estatuto e coincidiu com a data que a Melissa assumiu a secretaria. Ela não poderia continuar na associação”, afirmou.

Ata de posse encaminhada a reportagem do Campo Grande News data de 7 de maio deste ano e foi registrada em cartório no dia 11 de junho. O nome de Melissa para assumir a chefia da Sectur foi anunciado pela prefeitura em março deste ano.

Conforme Camila, a entidade foi criada há cerca de dois anos e Tamaciro é uma das fundadoras, além de atuar como presidente na primeira gestão da associação. A entidade, privada sem fins lucrativos, é voltada para fomentar atividades no setor de turismo, em especial de hotelaria. Cerca de 50 empresas são associadas ao Convention, entre elas hotéis da Capital.

Apesar de contar com quadro de peso, a entidade, conforme a presidente, não possui recursos suficientes para desenvolver projetos como o proposto para concorrer ao Fmic, lançado em setembro deste ano.

A proposta para a área de multilinguagens consiste no mapeamento de eventos e manifestações culturais da identidade. A presidente não soube dizer quanto em recursos foi solicitado ao fundo. “Hoje nós temos esse interesse. É uma demanda de mercado. Nós não temos uma pessoa aqui que consiga direcionar só para fazer isso”, explica.

Este é o primeiro edital que a entidade concorre, já que completou dois anos apenas em agosto deste ano. Sobre as informações que constam no cadastro do Ministério da Fazenda, inclusive com o número de celular da secretária, Camila afirma não saber o motivo da desatualização, mas acredita ser questão de morosidade dos órgãos públicos responsáveis.

Edital – Conforme publicado na edição do dia 22 de novembro de 2019, do Diário Oficial de Campo Grande, assinada pela secretária, a associação está entre as 31 pessoas jurídicas sem fins lucrativos inscritas para concorrer a verba de R$ 3,2 milhões do Fmic, edição 2019.

O item oitavo do edital lançado em outubro pela Sectur exige entre os documentos apresentados pelos inscritos uma declaração de que não há no seu “quadro de dirigentes membro do Poder ou do Ministério Público ou dirigente de órgão ou de entidade da Administração Pública Municipal ou seu cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau”.

Apesar de não disponibilizar a lista de empresas associadas ao Convention, a presidente da entidade afirma que a empresa de Melissa Tamaciro também não está mais vinculada a entidade. Na plataforma Linkedin, a secretaria aparece como diretora executiva da empresa Mover Produção Executiva, desde janeiro de 2004 até o momento.

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