Estudiosa e inteligente, despedida de Cidinha lembra seu "grande coração"
De riso fácil , vítima de acidente estava realizando sonho, que era o de fazer mestrado em sua área de atuação

Na despedida de Maria Aparecida da Cruz, de 49 anos, a Cidinha, morta em acidente na BR-262 na quarta-feira (22), depois que o carro em que estava chocou-se contra uma árvore, familiares e amigos relataram sobre o “grande coração” que ela tinha e como ela era estudiosa e inteligente.
De riso fácil, Cidinha estava realizando um sonho, que era o de fazer mestrado em sua área de atuação, a Pedagogia. Sobrinha dela, Erika Eunice, de 43 anos, disse que a tia era muito estudiosa e que a família seguia para Corumbá para comemorar os 70 anos de casamento dos tios-avós, que têm 100 e 102 anos de idade. “Minha tia era grandona e o coração dela era na mesma proporção”, disse.
Outro sobrinho, Cledson Miguel da Cruz, de 36 anos, é militar e veio de Belo Horizonte (MG) para ajudar a família nos trâmites da despedida. O filho de Cidinha, Eduardo, que não falou com a reportagem, perdeu a esposa, Lídia Bastos Monteiro, 36 anos, no mesmo acidente, está em choque e precisou de ajuda para encaminhar as questões burocráticas.
“Somos uma família humilde e para conquistar qualquer coisa é pelo estudo e, por isso, minha tia era muito estudiosa, muito inteligente, sarcástica, mas de um jeito inteligente. Conversávamos de tudo e de todos os encontros que tínhamos, eu saía enriquecido de experiência”, relatou emocionado.
Para ele, a fatalidade do acidente num momento de festividade – festas de fim de ano e comemoração de casamento – é para reforçar as boas lembranças. “Entrego na mão de Deus”, disse.
O marido de Cidinha, Delfino Dias Romero, 69 anos, é aposentado e contou que estavam casados há 12 anos. Sobre o acidente, comentou que a esposa estava no banco do passageiro na frente e a nora dela, Lídia, dirigia o veículo. Chovia no momento e ela desviou de um buraco, quando perdeu o controle do carro e bateu numa árvore.

“Ela era muito especial, carinhosa, amiga de todos e tinha muito bom humor”, destacou. Ele não estava na viagem rumo a Corumbá, mas comentou que o enteado, filho de Cidinha e marido de Lídia, contou que a mãe seguiu maior parte da viagem no banco de trás, mas em Miranda, resolveu ir para a frente para ter mais conforto.
Acidente - Cidinha, Lídia, Eduardo - filho e a adolescente seguiam para a cidade de Corumbá. Por volta da 16h de quarta-feira (22), Lídia perdeu o controle da direção, o carro saiu da pista e bateu em uma árvore. O veículo ficou totalmente destruído e as mulheres morreram na hora.
O velório e sepultamento de Lídia ocorrerá à tarde, em cemitério nas Moreninhas. Cidinha foi enterrada no Jardim das Palmeiras.
Matéria editada às 11h28 para correção de informação.