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Capital

Ex-dono de casa que escondia arsenal é levado ao Garras para depoimento

Durante a apuração, vizinhos relataram que então proprietário devia dinheiro para a família Name e foi obrigado a entregar imóvel

Aline dos Santos e Keroyn Araújo | 25/10/2019 10:01
Ex-proprietário do "paiol" é ouvido na manhã de hoje no Garras. (Foto: Arquivo)
Ex-proprietário do "paiol" é ouvido na manhã de hoje no Garras. (Foto: Arquivo)

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) ouve nesta sexta-feira (dia 25) José Carlos de Oliveira, ex-proprietário de imóvel no bairro Monte Líbano onde foi apreendido um arsenal de guerra, fio da meada para a operação Omertà.

De acordo com o advogado Rhiad Abdulahad, que está no Garras, José Carlos foi intimado várias vezes e não compareceu, portanto, hoje foi feita a condução coercitiva. Segundo o delegado Fábio Peró, há dias o Garras tentava ouvir José Carlos para esclarecer sua ligação com o grupo. “Vamos ouvir para ver a real situação, se é comparsa, se é vítima”, diz.

Na investigação, o local da apreensão do arsenal é tratado como paiol, por abrigar armamento que incluía fuzis. Realizada em 27 de setembro, a Omertà prendeu os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, apontados como líderes de organização criminosa atuante em grupo de extermínio e milícia armada.

Durante a apuração, vizinhos relataram ao Garras que o então proprietário devia dinheiro para a família Name e que em meados de 2017 foi retirado à força de casa, “sob ameaça de morte”.

Na sequência, teria sido obrigado a simular contrato de compra e venda do imóvel para saldar dívida com Jamil Name. O contrato está anexado ao processo. Até setembro, consta que José Carlos não tinha sido localizado e estava morando em outro Estado.

A apreensão do arsenal resultou na prisão do então guarda municipal Marcelo Rios. Em seguida, depoimentos de testemunhas citaram que Rios era segurança da família Name.

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