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Capital

Ex-miss transex MS sai de coma induzido e já consegue falar na França

Rafael Ribeiro | 13/04/2017 17:01
Rafaela teve melhora em seu quadro de saúde,
mas seguirá internada em hospital francês (Foto: Reprodução/Facebook)
Rafaela teve melhora em seu quadro de saúde, mas seguirá internada em hospital francês (Foto: Reprodução/Facebook)

A ex-miss transex MS, Rafaela Ferreira, 33 anos, deixou o coma induzido em que estava internada em um hospital na região metropolitana de Paris, na França, e já até troca palavras com amigos que acompanham de perto sua recuperação.

Rafaela, que trabalha como garota de programa no país europeu, ficou gravemente ferida após pular da janela do quarto do quinto andar de um cliente armado que lhe ameaçou de morte, na última segunda-feira.

Segundo amigos relataram ao Campo Grande News, Rafaela sofreu fraturas graves nas duas pernas. “Deixá-la em coma foi necessário para que ela aguentasse a dor”, disse um amigo, que prefere não se identificar. “A gente prefere que a família se posicione.”


Esse amigo relatou que a ex-miss passou por cirurgia e após sair do coma, conseguiu dizer algumas palavras. Seu quadro de saúde evoluiu de grave para estável e ela seguirá internada para observação.


Nas redes sociais, amigos da vítima também informam que pressionam as autoridades locais para obter mais informações do caso. Até agora, ninguém da família, por exemplo, conseguiu informações concretas sobre o ocorrido.

A ex-miss transex recebe atendimento médico após queda de quarto de hotel no início da semana (Foto: Reprodução)
A ex-miss transex recebe atendimento médico após queda de quarto de hotel no início da semana (Foto: Reprodução)

O caso - A família de Rafaela prepara uma arrecadação informal de dinheiro entre amigos e familiares, uma 'vaquinha', para a viagem de pelo menos um parente para visitá-la.

A operadora de máquinas Maria Aparecida Lima, 46, irmã da vítima, diz estar arrecadando dinheiro com os outros dez irmãos, outros familiares e amigos na cidade de Deodápolis, a 252 km de Campo Grande, onde moram. A expectativa é que alguém viaje até o fim desta semana.

“Estamos tentando juntar dinheiro de alguma forma. Alguém da família precisa ir lá. Ela (Rafaela) precisa de ajuda. Não é nem ajuda financeira, mas ter alguém próximo para ajudar na recuperação”, disse a irmã.

Rafaela mantém uma rotina de morar entre Brasil e Europa desde 2011, quando venceu os concursos de miss transexual da sua cidade e do Estado. Foi neste ano que também obteve o passaporte espanhol e acabou se decidindo por sair do País.

“A conquista (do título de miss) fez ela aumentar muito o círculo de amizades. Com o passaporte europeu ela viu uma oportunidade e decidiu encarar”, disse Maria.

A presidente da ATMS (Associação de Travestis de Mato Grosso do Sul), Cris Stefanny, disse que a associação está apurando os fatos para saber o que pode ser feito em relação ao crime. “Não sabemos o que aconteceu exatamente. Vamos falar com a família e com o conselho para ver que providência pode ser tomada, mas deve envolver a embaixada brasileira, porque ela está na França e fica mais difícil", apontou.

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