Excesso de velocidade é causa de um terço das mortes, diz Agetran

Quase um terço das morte no trânsito de Campo Grande, registradas no primeiro semestre deste ano, foi causada pelo excesso de velocidade. De acordo com a chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanize Rotta, das 55 mortes registradas, 20 foram causadas pela velocidade.
Segundo Ivanize, nos 20 óbitos somente um carro foi envolvido no acidente, pois perdeu o controle e colidiu com algum objeto, assim relacionando a imprudência. “O excesso de velocidade é o principal fator de risco para causa de acidentes no trânsito”, comentou.
No dia 13 de julho dois homens morreram ao perderem o controle do carro, ao passarem por um desnível da pista, e baterem em uma árvore na Avenida Ernesto Geisel, na Vila Nhá-Nhá. O motorista Fausto Gouto Vasques, 38 anos, e Bruno Castro de Oliveira, 24, morreram na hora.
Na tarde de quinta-feira (31), outro acidente, envolvendo somente um veículo ocorreu em Campo Grande. O motorista de um Fiat 147 capotou o veículo seis vezes, na BR-262, próximo à rotatória que dá acesso ao seu emprego, na Kleper Weber, no Indubrasil, depois de perder o controle em um desnível. Ele trafegava a cerca de 90km/h, mas a velocidade máxima no local era 40km/h.
Como Campo Grande não possui vias rápidas, o condutor pode trafegar em até 60km/h, mas, muitas vezes, eles andam a, no mínimo, 90km/h. Na Avenida Afonso Pena, eles chegam a até 80km/h.
Para o comandante do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), o tenente-coronel Jonildo Theodoro, o excesso de velocidade é uma cultura do campo-grandense. “É difícil mudar isso. Normalmente saem atrasados de casa, então abusam da velocidade”, comentou.
A Polícia Militar realiza campanhas para a sensibilização dos motoristas, como explicou o comandante, eles aconselham os condutores a saírem mais cedo de casa, para não exagerar na velocidade, o que não acontece.
“Algumas pessoas se preocupam, mas não praticam o saber. Elas confiam muito na máquina e nela mesma, achando que tem o total controle”, finalizou Ivanise.