Falta de ônibus e superlotação são dramas diários dos passageiros
A superlotação nos ônibus do transporte coletivo de Campo Grande continua sendo a principal reclamação entre os usuários. Veículos que fazem a integração entre os terminais e trazem os passageiros para o Centro da Capital são os mais utilizados, e por conta disso, segundo os usuários, são os mais lotados.
A auxiliar de serviços gerais Ana Paula Oliveira, 22 anos, que usa a linha 81-Terminal Bandeirantes/Terminal Nova Bahia, disse que até mesmo na primeira volta o ônibus já está superlotado. “As vezes pego o ônibus mais cedo para vir até meu serviço na área central e conseguir vir sentada, mas é quase impossível encontrar um assento vazio. O pior é que até mesmo os ônibus que saem do bairro até o terminal vive cheio”, explicou.
Para a dona de casa Tatiane Alvez Rodrigues, 23, que utiliza o 61-Terminal Moreninhas/Terminal Guaicurus/Terminal Bandeirantes e Shopping, a linha que faz várias integrações deveria ser reforçada. “Uma linha que para em três terminais deveria ter vários veículos em circulação, mas esta não é a realidade. Temos que enfrentar todos os dias ele cheio, pessoas apertadas na porta quase caindo para fora. É uma falta de respeito com o cidadão”, mencionou.
Segundo a dona de casa Luzia Conceição Teodoro, 52, que utiliza o transporte coletivo para ir ao médico no Centro, alguns ônibus articulados que contribuíam para evitar a superlotação, foram retirados de circulação. “É por isso que está desse jeito. Sem falar que a gente paga caro pela passagem. Eles deveriam colocar mais ônibus e melhorar os que já estão rodando em má conservação”, destacou.
Já empregada doméstica Maria Auxiliadora, 48, falou falou sobre a situação que os usuários encontram dentro dos veículos. “A gente enfrenta muito calor, ou seja, pagamos caro e não temos conforto nenhum. O valor da tarifa não corresponde ao serviço prestado”, informou.
A estudante Ritiele Cardoso de Oliveira, 16, pega o ônibus da linha 80-Terminal Aero Rancho/Terminal Bandeirantes e Terminal General Osório. Ela chama a atenção para a situação grave que vem acontecendo devido a superlotação. “Existe uma falta de respeito imensa, ninguém respeita mais ninguém e usuário sem ter preferência está usando lugares destinados à idosos, gestantes e deficientes, é um absurdo. Quando não acontece alguma briga por conta do empurra-empurra”, finalizou.
A assessoria de imprensa do Consórcio Guaicurus informou que o problema de superlotação no transporte coletivo é nacional, mas que o município deveria criar um plano diretor de transporte para resolver o problema. Segundo a empresa, se mais veículos forem colocados em circulação, o trânsito ficará mais caótico do que já é na Capital.
A assessoria da prefeitura não atendeu as ligações para falar sobre o assunto na noite desta terça-feira (10).