ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, TERÇA  19    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Família ficou sabendo pela imprensa da morte trágica de ciclista no trânsito

Pedro foi velado por cerca de 15 pessoas, na Pax Mundial, na manhã desta quarta-feira

Ana Oshiro e Bruna Marques | 28/07/2021 11:09
Pedro tinha 62 anos e morreu depois de ser atropelado na BR-163 (Foto: Reprodução/Facebook)
Pedro tinha 62 anos e morreu depois de ser atropelado na BR-163 (Foto: Reprodução/Facebook)

A família de Pedro Lopes dos Santos de Souza, de 62 anos, o ciclista que morreu atropelado na madrugada do último domingo (25), em trecho da BR-163, na saída para São Paulo, em Campo Grande, ficou sabendo da morte de Pedro através de reportagem do Campo Grande News.

Na manhã desta quarta-feira (28), um grupo de 15 pessoas, aproximadamente, participou do velório de Pedro na Pax Mundial. Para a família, a parte mais difícil é fazer o enterro sem saber o que de fato aconteceu e como ele morreu.

"Estamos em choque ainda. Cremos que o caso será esclarecido, mas não sabemos de nada, não encontramos os pertences dele, nem a bicicleta, nada. A única coisa que sabemos é que ele faleceu por conta de um acidente", disse Anali de Souza, de 39 anos, sobrinha de Pedro.

Família e amigos velaram Pedro na manhã desta quarta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)
Família e amigos velaram Pedro na manhã desta quarta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

De acordo com a família, Pedro era muito responsável e trabalhador, saía aos fins de semana para beber ou fazer compras quando recebia dinheiro do trabalho, mas sempre voltava pra casa no sábado à noite e passava o domingo descansado.

Zilda Aparecida Mendonça, aposentada de 68 anos, irmã mais velha de Pedro, disse ao Campo Grande News que ficou desesperada com o sumiço do irmão. "Ele nunca tinha passado a noite fora, visitava as pessoas, saía pra beber, mas voltava pra casa. Minha esperança é que no domingo a noite ele voltasse, porque na segunda tinha que trabalhar, mas ele não apareceu", contou a irmã do falecido.

Segundo Zilda, na segunda-feira (26) cedo a família começou a procurar por Pedro nas unidades de saúde e casas de conhecidos, como não encontraram, acabaram registrando o desaparecimento em uma delegacia na segunda à tarde.

Irmã (de vermelho) e sobrinha de Pedro pedem que polícia esclareça morte (Foto: Henrique Kawaminami)
Irmã (de vermelho) e sobrinha de Pedro pedem que polícia esclareça morte (Foto: Henrique Kawaminami)

"Aí, no final do dia, eu vi a matéria de vocês, falando da morte de um ciclista e que a família ainda não tinha aparecido, como o acidente era na nossa região, desconfiei que pudesse ser. Liguei no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), mas era tarde e ninguém atendeu. No outro dia, meu outro irmão foi lá e reconheceu o corpo", explicou Zilda.

Pedro morava nos fundos da casa da irmã há 6 anos, trabalhava como servente de pedreiro, nunca se casou e não teve filhos, era Zilda quem cuidava dele. Ele saiu de casa no sábado (24), por volta das 9h e foi visto pela última vez por volta das 14h, quando passou na casa de um parente dizendo que já estava indo para casa.

"Queremos que a polícia esclareça o acidente e que ache a pessoa que atropelou ele. Sei que não vai trazer meu irmão de volta, mas essa pessoa precisa ter consciência do que fez. Ele era uma pessoa calma e trabalhadora, único problema era que ele gostava de beber", finalizou Zilda.

O acidente - Com a batida, a vítima acabou sendo arremessada por cerca de 30 metros, o que provocou múltiplas fraturas, principalmente, no tórax, braços e pernas. Até o momento, não há informações sobre o motorista envolvido no atropelamento. O caso está sendo investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil.

Nos siga no Google Notícias