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Capital

Família teme impunidade de PM que matou agente de saúde

Paula Maciulevicius e Jorge Almoas | 24/03/2011 15:35

Parentes da vítima acreditam que ela tenha ido tentar reconciliação com PM

Irmã e filha de Luciana temem impunidade. (Foto: João Garrigó)
Irmã e filha de Luciana temem impunidade. (Foto: João Garrigó)

Parentes da agente de saúde Luciana Chaves Farias, de 35 anos, morta com um tiro disparado pelo marido, o policial militar Paulo César Lucas, de 42 anos, têm medo da impunidade.

Na primeira audiência do caso, a família de Luciana disse ao Campo Grande News que temem a vingança, caso ele fique solto. Elas também não querem que o PM fique com os três filhos do casal.

“A gente acredita que ele possa sair impune, talvez por ser policial militar. E caso ele seja solto, ainda pode vir se vingar”, argumenta a irmã, Aline Aparecida Chaves.

As três filhas do casal, de 15, 13 e 11 anos, estão com a avó materna, Marilza Pereira Chavez.

A Justiça está ouvindo nesta tarde as testemunhas de acusação. A previsão é de que prestem depoimento oito testemunhas e também três informantes.

Segundo a família de Luciana, o casamento dos dois era atribulado. O casal discutia com frequência e houve até casos de agressão.

Para os familiares da vítima, Luciana havia ido até o quarto em que Paulo César estava morando na tentativa de reconciliação. Na versão da família, eles brigaram e policial acabou atirando.

O homicídio aconteceu dia 30 de janeiro e, desde então, Paulo César Lucas está preso, no Presídio Militar. O processo tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

O réu já ingressou com pedido de liberdade provisória, mas ainda não há decisão.

O caso - Luciana foi morta com um tiro no abdômen. Após casamento de 16 anos, eles estavam separados havia duas semanas.

A versão do policial para o crime é de que ele dormia em um quartinho no bairro Coophavilla II, quando a mulher chegou e arrombou a porta.

Ele garante que pensou que fosse algum ladrão e então atirou. Luciana chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento.

No entanto, a Polícia Civil concluiu o inquérito instaurado para apurar a morte e aponta que houve uma briga entre o casal na madrugada do crime e por isso a mulher foi assassinada.

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