"Fechei os olhos e esperei Deus ajudar", diz mulher que passou por redemoinho
Adriana estava com o filho e, de repente, foi surpreendida pelos fortes ventos no meio da rua
Ficar no olho do furacão não é fácil. Ok, não foi bem um furacão, apenas um redemoinho, mas os ventos tiveram força suficiente para arrastar objetos, derrubar placas e assustar muita gente na tarde de ontem (8), no Bairro Pioneiros - a situação foi registrada por quem presenciou e pode ser vista no vídeo enviado pelo canal Passeando em Campo Grande .
Entre as pessoas envolvidas na cena e que ficaram no meio do fenômeno da natureza, está Adriana Rossi, de 39 anos, que passeava com uma moto elétrica com o filho, o pequeno Ibrahim, de apenas dois anos. Ela conta que a duração foi pequena, mas ainda assim foram momentos de sufoco e muita tensão para todos ali.
"Pensei que ia morrer e fechei os olhos pedindo para Deus me ajudar. Por sorte, nada aconteceu com a gente, mas eu fui arrastada para o meio da rua. Tive que fazer muita força para segurar meu filho. A moto dele foi arrastada e parou no meio da rua também. Bastante assustador o que acontece", frisa a testemunha do redemoinho.
Adriana caminhava na Avenida Senador Antônio Mendes Canale, continuação da Interlagos, no Bairro Pioneiros, atrás da área verde da UFMS, quando foi surpreendida pela situação. Ela frisa que, de repente, percebeu que o vento passou a ficar mais forte e ao ver o "tubinho" do redemoinho se formando e aproximando, tirou o filho da moto e o segurou.

"Tentei controlar a situação, mas estava muito forte o vento. Hoje, estou com o corpo inteiro doendo. Para você ter ideia, a placa que caiu foi bem ao meu lado. Podia ter me atingido e pego no meu filho também. Ainda bem que nada aconteceu", revela.
Depois do susto, ela disse que Ibrahim ficou com tanto medo que sequer queria ir embora - Adriana foi buscada pelo pai. "Ficamos todos sujos de terra. Tinha até dentro da fralda do menino", completa, revelando que foi até difícil de explicar o que ocorreu para os familiares. "Inexplicável. Quando saiu a matéria, que consegui mostrar melhor".
Hoje, um dia depois de passar pelo olho do redemoinho, Adriana e Ibrahim já estão bem e em casa. Ela diz que o filho ficou mais assustado ainda à noite, mas amanheceu mais calmo. "Apesar disso, ele vê um vento mais forte e já quer entrar em casa".
Redemoinho - A formação de redemoinhos são comuns no Brasil, principalmente, em períodos de muito calor e tempo seco. Geralmente, de baixa intensidade, eles também podem ser registrados com ventos mais intensos e com maior potencial de destruição.
Durante o ano, vários casos foram registrados no Estado e relatados no Campo Grande News, com flagrantes enviados pelos leitores pelo canal de interação Direto das Ruas. O vídeo relacionado no início dessa matéria sobre o caso do Pioneiros foi enviado pelo perfil de redes sociais Passeando em Campo Grande.