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Capital

Foi um “divórcio consensual”, diz Bolsonaro sobre demissão de Mandetta

O presidente Jair Bolsonaro anunciou oficialmente há pouco a susbstituição do ministro da Saúde

Ângela Kempfer | 16/04/2020 16:23
Presidente durante anúncio da demissão de Mandetta. 
Presidente durante anúncio da demissão de Mandetta.


O presidente Jair Bolsonaro considerou “cordial” a reunião de cerca de 30 minutos entre ele e o até então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que terminou na demissão do sul-mato-grossense.

Bolsonaro definiu o rompimento como um "divórcio consensual". "Foi uma conversa bastante produtiva, muito cordial. Ele se prontificou a participar de uma transição o mais tranquila possível. Em comum acordo, apesar de esse não ser o termo técnico, eu o exonero do ministério nas próximas horas", informou.

O presidente confirmou o motivo da demissão, os diferentes pontos de vista sobre o isolamento social. "Como presidente da República, administro 22 ministérios. Mas quando se fala em vida, tem de se falar em desemprego”, justificou sobre a decisão de demitir Mandetta, após embates sobre a necessidade de isolamento social e fechamento do comércio e das atividades econômicas durante a pandemia.

Bolsonaro voltou a acusar a imprensa. “O clima quase de terror se instalou em meio à sociedade. Clima de histeria", atacou sobre a cobertura da covid-19 no Brasil.

Ele disse que sabe da gravidade da situação, mas que não existe saúde, sem emprego. “Gostaríamos que ninguém perdesse a vida. A morte toca todos nós. Tenho mãe de 93 anos de idade e com algumas comorbidades... Mas vida também é emprego.”

Bolsonaro afirmou que era direito de Mandetta defender seu ponto de vista como médico, mas que deveria entender também o risco para a economia. “Não foi da forma que achei que era certo”, avaliou sobre a condução do ministério.

Ao longo o tempo, diz que as divergências ficaram cada vez maiores. “Comecei então a conversar com o oncologista Nelson”, admitiu sobre o novo ministro, o oncologista Nelson Teich, que foi consultor de Bolsonaro durante a campanha à presidência.

"As pessoas mais humildes não podem ficar em casa por muito tempo. Não é o que a gente gostaria de fazer, mas é o que tem de ser feito”, disse sobre a opção de liberar as atividades econômicas.

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