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Capital

Fumaça e fuligem de incêndio causam incômodo e preocupação a moradores

Incêndio em uma empresa de reciclagem intensificou e agravou situação que perdura desde quinta-feira

Richelieu de Carlo | 10/09/2017 18:00
Chamas atingem empresa de reciclagem na tarde deste domingo. (Foto: Marina Pacheco)
Chamas atingem empresa de reciclagem na tarde deste domingo. (Foto: Marina Pacheco)

Como se já não bastasse o calor e o tempo seco, moradores do bairro Coronel Antonino têm que conviver com a fumaça e fuligem derivados de queimadas que ocorrem na região desde a última quinta-feira (7). A situação se agravou na manhã de hoje, com o incêndio em uma empresa de reciclagem próxima ao Terminal Nova Bahia.

As labaredas de fogo que atingem a empresa Progemix Resilix do Brasil Ltda, neste domingo (10), chegaram a alcançar quatro metros de altura. A área, de grande extensão, fica na Avenida Cônsul Assaf Trad, norte de Campo Grande. Os bombeiros conseguiram controlar, mas chamas persistem durante o dia.

“Aqui está uma calamidade”, diz o mecânico José Carlos Pereira de Souza, 53 anos, que é vizinho de muro da propriedade da empresa onde as chamas consomem pilhas de resíduos para reciclagem. Enquanto ele fala com a reportagem, fumaça e cinzas são presença constate, sem dar sossego em nenhum momento.

Com as chamas a algumas dezenas da residência onde mora com a esposa e a filha de 10 anos, José Carlos diz estar receoso com o avanço da queimada. “Vamos dormir como?”, questiona. “Minha filha está muito preocupada”. Para ele, só a chuva poderá por fim a esta situação.

Muro divide local de incêndio da casa de José Carlos Pereira de Souza. (Foto: Marina Pacheco)
Muro divide local de incêndio da casa de José Carlos Pereira de Souza. (Foto: Marina Pacheco)

Segundo moradores da região, o fogo que atingiu a empresa começou na última quinta-feira, em uma área de marta que dizem pertencer ao exército. Morando a poucas quadras dali, a auxiliar administrativa Kezia Quintana, 44 anos, confirma essa versão.

As duas passaram a tarde de hoje sentadas na varanda da casa onde moram. “Não dá para ficar dentro de casa por causa do cheiro de fumaça”, diz Kezia. “Ontem a noite foi horrível, ligamos para os bombeiros, que só vieram agora de manhã”.

Com o chão visivelmente molhado recentemente, a moradora diz que essa é a forma encontrada para enfrentar o calor, o tempo seco e a constante fumaça. “Só hoje molhamos o quintal umas três vezes, temos que ficar o dia inteiro bebendo água. Mas é horrível, o cheiro de fumaça na roupa não tem jeito”, relata Kezia.

Foco de incêndio no meio da mata. Fumaça é constante na região norte da Capital. (Foto: Marina Pacheco)
Foco de incêndio no meio da mata. Fumaça é constante na região norte da Capital. (Foto: Marina Pacheco)
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