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Capital

Fumacê volta a ser aplicado após um mês suspenso em Campo Grande

Natalia Yahn | 30/03/2016 11:31
Veículos fumacê ficaram um mês parados no pátio da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), na Capital. (Foto: Fernando Antunes / Arquivo)
Veículos fumacê ficaram um mês parados no pátio da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), na Capital. (Foto: Fernando Antunes / Arquivo)

Após um mês suspenso o serviço de fumacê voltou a ser realizado em Campo Grande. A aplicação de inseticida, para eliminação das fêmeas do mosquito Aedes aegypti – que transmite dengue, zika e chikungunya – foi retomada no dia 18 de março. “Voltamos a fazer a borrifação normalmente. Recebemos 3 mil litros de inseticida, temos inclusive estoque”, confirmou o coordenador da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), Alcides Ferreira.

Na Capital a aplicação foi suspensa no dia 17 de fevereiro e só foi retomada há 12 dias. Porém nos demais municípios de Mato Grosso do Sul a previsão é de que o serviço seja normalizado apenas dentro de duas semanas, quando o Ministério da Saúde deve concluir o envio do inseticida usado para eliminar o vetor.

Durante 30 dias os 14 veículos fumacê de Campo Grande não deixaram o pátio da CCEV. Em meio a falta do serviço uma polêmica surgiu, por conta do envio de mil litros de inseticida vencido pelo Ministério da Saúde para a Capital. 

No dia 26 de fevereiro o Ministério da Saúde emitiu uma nota sobre o inseticida Malathion - vencido desde 30 de outubro de 2013 -, estendendo o prazo de validade para junho de 2016. O produto foi repassado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) para a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que no dia 1° de março afirmou ter ignorado a prorrogação do prazo de validade estabelecido pelo Ministério e se recusou a aplicar o inseticida.

"Campo Grande recusou mas o produto foi usado para o controle normal e com eficácia em Corumbá, Ladário e Ponta Porã", afirmou o coordenador Estadual de Controle de Vetores, Mauro Lúcio Rosário.

Mato Grosso do Sul - O Estado recebeu na semana passada 10 mil litros de inseticida, e deve receber mais 25 mil em até 15 dias. “Vamos atender gradativamente os demais municípios. Na próxima semana teremos mais 15 mil litros e outra remessa de 10 mil litros deve ser enviada pelo Ministério, totalizando 35 mil. Mas o fumacê só pode ser aplicado quando há epidemia”, explicou o coordenador estadual.

Além de Campo Grande, o fumacê é aplicado apenas nas cidades de Dourados, Corumbá, Ladário, Ponta Porã, Três Lagoas, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Naviraí e Aquidauana. “O controle é rigoroso na aplicação do produto e a Coordenadoria não autoriza este método se não estiver dentro dos critérios, entre eles a avaliação das notificações. O cuidado é para não contribuir com o aumento do mosquito e abalar o controle biológico. A intenção é matar as fêmeas infectadas, que estão dentro das casas. É um mal necessário”, afirmou Rosário.

Ele explicou também que por conta do grande número de notificações de zika, o País não estava preparado para a demanda provocada pelo novo vírus. “Ninguém imaginava o problema tão grande que seria a introdução do zika. Pegou todo mundo desprevenido e fez com que os estoques de inseticida se esgotassem. O produto é importado, produzido na Dinamarca, e por isso a demora para envio é natural”.

Mesmo com a retomada do fumacê nos dez municípios considerados críticos o alerta é para que o controle mecânico dos criadouros do mosquito seja mantido. “Não podemos depender de nenhum produto químico. A eliminação total dos criadouros deve ser executada, se não tem água parada não vai ter mosquito”, disse Rosário.

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