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Capital

"Gravíssimo", avalia consórcio sobre veto de Bolsonaro a verba para transportes

Presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, insiste que sem apoio o sistema de tranportes pode entrar em colápso na Capital

Adriano Fernandes | 10/12/2020 22:03
"Gravíssimo", avalia consórcio sobre veto de Bolsonaro a verba para transportes
Passageiros entrando em ônibus na Capital. (Foto: Paulo Francis)

Publicada na edição desta quinta-feira (10) do Diário Oficial da União, veto do presidente Jair Bolsonaro a auxílio de R$ 4 bilhões aos sistemas de transporte público no país, pode agravar ainda mais a situação do setor que já está à beira do colapso na Capital, segundo o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende.

“É uma situação muito preocupante porque o auxilio seria para o sistema de transportes como um todo. Da maneira como estava sendo tratado não viria direto para empresa prestadora de serviço, mas para prefeitura ajudar a manter o equilíbrio do contrato o que não vem ocorrendo, desde o início da pandemia”, comenta Rezende.

Desde fevereiro, pouco antes do início do surto o faturamento do grupo está em queda na Capital. Dos 550 ônibus do consórcio, 360 estão em circulação, atualmente, transportando apenas 53% do total da clientela pagante da Capital. “Ou seja, essa conta não fecha. É um número bem desigual”, diz.

"Gravíssimo", avalia consórcio sobre veto de Bolsonaro a verba para transportes
Presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende. (Foto: Marcos Maluf)

“Ainda existe a possibilidade do transporte entrar em colapso, porque assim como em qualquer outra empresa onde a despesa é bem maior que arrecadação, onde se gasta mais do que se arrecada, fatalmente, ele pode vir a colapsar. É uma situação gravíssima”, completa.

A expectativa do setor, ainda conforme o presidente do consórcio, é que o presidente volte atrás na decisão. Isso porque, segundo o jornal O Globo, Jair Bolsonaro deve editar uma medida provisória com auxílio ao setor em função da pandemia.

No Senado, o projeto vetado por Bolsonaro foi relatado pelo líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO). Ao jornal Eduardo Gomes disse que o motivo do veto é "técnico" e que o governo deve editar um MP que prevê um auxílio ao setor até o fim do ano.

O veto do presidente Jair Bolsonaro pegou prefeitos, empresários e entidades do setor, de surpresa em todo o país. Após a publicação do veto a FNP (Frente Nacional de Prefeitos) divulgou nota em que expressou a sua “perplexidade”, diante da suspensão do recurso que ia garantir a prestação dos serviços de transporte público coletivo de passageiros.

O projeto – Ainda conforme O Globo o recurso seria liberado com contrapartidas como a exigência de que as cidades não fizessem cortes ou redução abrupta da oferta, a garantia da frota necessária para atender a população com segurança sanitária e a garantia de gratuidades. Ele  incentivava também a criação de faixas exclusivas de ônibus pelas prefeituras, bem como ciclovias e áreas para pedestres.

A ideia inicial, no começo da pandemia, era um auxílio de R$ 6 bilhões, valor que baixou após fortalecer para R$ 4 bilhões. Estimativa do setor estipulam mais de R$ 14 bilhões de prejuízos em sistemas de ônibus, metrôs e trens pelo país.

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