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Capital

Grupo de crianças passa mal depois de escola integral ser dedetizada

Situação ocorreu escola de período integral do município, professora Iracema Maria Vicente, que fica no bairro Rita Vieira

Luana Rodrigues e Graziela Almeida | 11/04/2017 16:33
Fato ocorreu na escola integral do município, professora Iracema Maria Vicente, no bairro Rita Vieira. (André Bittar)
Fato ocorreu na escola integral do município, professora Iracema Maria Vicente, no bairro Rita Vieira. (André Bittar)

Pelo menos duas crianças apresentaram sintomas de intoxicação nesta terça-feira (11), depois de uma dedetização feita na escola de período integral do município, professora Iracema Maria Vicente, que fica no bairro Rita Vieira, em Campo Grande.

O serviço contra insetos foi feito na escola ontem (10) e hoje alunos e professores manifestaram uma irritação nos olhos, supostamente, por conta do produto usado.

De acordo com uma dona de casa de 29 anos, que preferiu não se identificar, o filho dela, de 8 anos, que estuda na escola, reclamou de coceira e irritação nos olhos. A mãe diz que já havia sido informada pela escola sobre a dedetização, mas acreditava que o procedimento não seria prejudicial à criança. “Disseram que não faria mal nenhum”, conta.

O Campo Grande News foi até a escola e, enquanto a aguardava o posicionamento de um representante, presenciou outra criança reclamando de incômodo nos olhos. A direção então informou que não poderia se manifestar sobre o assunto e orientou a equipe a procurar a assessoria de imprensa da prefeitura.

Crianças durante recreação na escola. (Foto: André Bittar)
Crianças durante recreação na escola. (Foto: André Bittar)

A assessoria, por sua vez, informou por meio de nota que foi o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) o responsável pela dedetização e o próprio centro orientou que as aulas fossem retomadas nesta terça-feira (11).

Ainda segundo a prefeitura, "um grupo pequeno (de alunos) apresentou sensibilidade ao produto e segundo a direção, após a constatação, imediatamente os pais foram chamados para levar as crianças para casa".

De acordo com o médico do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), Alexandre Moretti, geralmente, os produtos usados em dedetizações prediais não causam intoxicação em seres humanos.

Mas, dependendo do produto utilizado, pode haver irritação e até riscos elevados à saúde de quem é exposto ao produto. “Para fazermos uma análise mais completa, precisaríamos saber que produto foi utilizado, mas, dependendo do grau toxicológico, pode levar a uma intoxicação”, explicou o médico.

Conforme a assessoria de imprensa do município, a direção da escola já solicitou junto ao CCZ laudo técnico de esclarecimento sobre a composição do produto e a Semed (Secretaria Municipal de Educação) continua acompanhando o ocorrido junto à direção.

Outro caso - Em 2011, caso de intoxicação levou 180 crianças a passarem mal nesta mesma escola de ensino integral, no bairro Rita Vieira. A comida servida no almoço dos estudantes da escola estava contaminada com a bactéria estafilococos, segundo resultado de análise do Lacen (Laboratório Central), divulgada na época.

O problema começou por volta das 14h30, quando as crianças começaram a ter os sintomas. Mais de 10 equipes dos bombeiros e do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) foram envolvidas. Na escola, o clima foi de pânico com pais e parentes das crianças chegando a todo o momento em busca de informações.

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