Guarda reforça segurança na rodoviária após sindicato anunciar paralisação
GCM acompanha movimento na manhã desta quarta-feira diante de ameaça de greve no terminal

Um dia após o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário da Capital anunciar possível paralisação no Terminal Rodoviário de Campo Grande, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) esteve presente na manhã desta quarta-feira para reforçar a segurança do local.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A Guarda Civil Metropolitana reforçou a segurança no Terminal Rodoviário de Campo Grande após o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário anunciar possível paralisação. A medida foi tomada depois que um homem quebrou o vidro de um guichê ao exigir reembolso de passagem, na segunda-feira. O presidente do sindicato, William Alves da Silva, aponta a falta de segurança como principal motivo do protesto. Enquanto alguns passageiros relatam sensação de segurança no local, funcionários denunciam furtos frequentes e presença constante de andarilhos, especialmente no período noturno.
De Camapuã, a professora de educação infantil Silvaneia Alves de Siqueira, de 44 anos, seguia para Sidrolândia com o filho de 11 anos para uma consulta médica. Pela primeira vez na rodoviária de Campo Grande, ela afirmou se sentir mais segura do que nos terminais do interior. “Até agora não vi pedintes, acredito que aqui é mais seguro que na minha cidade. Se você sai antes do horário do ônibus, tem problemas, sai assaltada. Só abrem no horário do ônibus. O terminal parece bem apresentável, pelo menos de dia, confortável e seguro. À noite, não sei como funciona”.
Já a pensionista Vilma Dias, de 65 anos, moradora há três meses em Campo Grande, afirmou não ter receio de viajar sozinha. “Sempre viajei sozinha, não tenho medo. Agora me sinto segura por estar aqui tranquila. Acho que fiscalização sempre é importante independentemente de qualquer problema”, disse, ressaltando que prefere viajar pela manhã por segurança.
Nem todos compartilham da mesma percepção. Uma funcionária de um quiosque do terminal, de 33 anos, que pediu anonimato, relatou que a segurança no local é insuficiente. “Aqui sempre a gente tem que ficar atento, já tiveram vários furtos. A GCM passa, mas é muito difícil encontrar. Se acontece algo, a pessoa já foi embora antes de chamarem a Guarda. Deveria ter policiamento constante. Recentemente, um homem roubou uma caixinha de som e não houve o que fazer. Principalmente à noite, há muitos andarilhos”, disse.
Durante a manhã, a reportagem registrou um homem com plaquinha de deficiente auditivo pedindo ajuda financeira. Pouco depois, o som do terminal alertou: “Atenção passageiros e funcionários, não dê esmola. Faça doações para instituições de segurança”.
A possível paralisação foi anunciada por William Alves da Silva, 43 anos, presidente do sindicato. Ele cita a falta de segurança como principal motivo para o protesto, reforçando que incidentes frequentes colocam os trabalhadores em risco. Na segunda-feira (11), um homem quebrou o vidro de um guichê ao exigir o reembolso de uma passagem da Viação Andorinha, agredindo verbalmente os atendentes.
“Tem passageiros bravos que vão para cima dos atendentes, e não há policiamento para atender”, afirmou William. Ele ainda destacou que a presença constante de “andarilhos” aumenta a sensação de insegurança e que o problema persiste há anos sem resposta efetiva do poder público ou da administração do terminal.
Em nota, a prefeitura respondeu que "acompanha de perto a questão, inclusive já está com tratativas avançadas junto aos representantes do sindicato que, por meio da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social, tem se reunido com os representantes das empresas que operam no Terminal Rodoviário e a administração do local para definir melhorias na segurança da região. Inclusive, já ficou acordada a instalação por parte da administração do terminal, de uma nova base fixa da Guarda Civil Metropolitana na entrada do terminal, em ponto estratégico e de maior visibilidade, garantindo mais proteção para usuários e trabalhadores".
O Executivo também aponta que "enquanto a nova estrutura não é implantada, a GCM mantém presença constante, com rondas diárias nos três turnos e viaturas permanecendo por períodos maiores no local, reforçando a sensação de segurança. As tratativas estão avançadas e contam com o alinhamento de todos os envolvidos para assegurar um terminal mais seguro, 24 horas por dia".
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.