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Capital

Homem deve ser absolvido por assassinato porque só deu um tiro

Juliene Katayama | 04/03/2015 10:39
Promotoria considerou Tiago inocente do crime de homicídio no Bairro Universitário (Foto: Marcos Ermínio)
Promotoria considerou Tiago inocente do crime de homicídio no Bairro Universitário (Foto: Marcos Ermínio)

A promotoria pediu a absolvição de Tiago Paixão Almeida que foi a júri popular nesta quarta-feira (4), acusado de matar o jovem Felipe Alves Deodoro, em 2009, durante uma festa no Bairro Universitário. A justificativa foi de que as provas não foram suficientes para pedir a condenação do réu.

O promotor Gerson Eduardo de Araújo disse que as quatro testemunhas afirmaram que o réu efetuou um único disparo, mas a vítima morreu com dois tiros. “Todas as testemunhas, inclusive duas que não tinham nenhum vínculo com a vítima, disseram que o réu efetuou um disparo e para cima”, ressaltou.

Além disso, o promotor lembrou que foram feitos vários disparos no momento, não apenas do réu, mas de um policial e de um indivíduo não identificado. “Não foi o réu que matou a vítima, ou foi o policial militar ou outra pessoa não identificada. Por isso peço a absolvição do acusado”, disse Araújo.

O advogado de defesa, Ricardo Trad, afirmou ainda que houve negligência na investigação da Polícia Civil. “A investigação foi feita com 'espírito de porco' para afastar o PM que estava fazendo a segurança da festa e não ali o lugar dele portando uma pistola 40”, afirmou aos jurados.

Trad também enfatizou o fato do acusado ter ido depor na polícia depois de um ano do crime. Segundo a defesa, foram efetuados 14 tiros e não houve perícia no local no momento do fato. “Não apreendeu uma única cápsula para fazer o exame de balística e comparar à arma usada pelo policial”, considerou. O julgamento foi conduzido pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluizio Pereira dos Santos.

Caso - Conforme a denúncia, no dia 11 de janeiro de 2009, por volta das 2h30, na rua Anibal Machado, no bairro Universitária, Tiago utilizando um revólver efetuou disparos na vítima Jean Greydson da Silva, que sõ não morreu por que desviou dos disparos.

Mas, ao tentar disparar contra Jean, o acusado acertou outra pessoas, ocasionando a morte de Felipe. Descreve ainda a denúncia que o acusado agiu por motivo fútil, uma vez que os delitos foram praticados em virtude de uma discussão banal ocorrida entre ele e Jean

Por fim, o Ministério Público afirmou que o acusado também utilizou de recurso que dificultou as defesas dos ofendidos, consistente em ter sacado o revólver, de forma repentina e desferido os disparos contra eles, pegando-os de surpresa.

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