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Capital

Homem foi morto, roubado e teve casa incendiada após discussão com colegas

Renan Nucci | 20/03/2015 12:15
Dupla foi até a casa de usuário na manhã de quinta-feira, quando ele foi morto. (Foto: Renan Nucci)
Dupla foi até a casa de usuário na manhã de quinta-feira, quando ele foi morto. (Foto: Renan Nucci)
Delegado disse que o trio se conhecia e consumia droga junto. (Foto: Renan Nucci)
Delegado disse que o trio se conhecia e consumia droga junto. (Foto: Renan Nucci)

Rogaciano Fernandes de Oliveira, 40 anos, encontrado carbonizado nos escombros de uma casa incendiada no Bairro Nova Lima, em Campo Grande, foi morto por colegas devido a um desentendimento banal envolvendo o consumo de drogas. Luiz Eduardo da Silva Cardoso, o Dudu, 27 anos, matou a vítima a pauladas e depois incendiou a casa. O comparsa, Márcio José do Prado, 30 anos, o Cachaça, escondeu a arma do crime e auxiliou no roubo.

O crime aconteceu na quinta-feira (12) e o incêndio no dia seguinte. O caso foi esclarecido ontem (19), por investigadores da 2º Delegacia de Polícia da Capital, coordenados pelo delegado Alexandre Amaral Evangelista. A dupla apresentada durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (20), vai responder por latrocínio, com pena que pode chegar a até 30 anos de prisão.

Circunstâncias - Segundo o delegado, os três envolvidos se conheciam e tinham o hábito de se reunirem na casa alugada por Rogaciano, na Rua Silvério Faustino, para consumirem pasta base de cocaína. Na manhã de quinta, Dudu e Márcio foram ao local e encontraram o morador ainda dormindo. “Os dois tinham livre acesso livre, e por isso, entraram facilmente na casa”, explicou o delegado.

Ao acordar assustado, Rogaciano iniciou discussão e golpeou Dudu com a parte de trás do facão (prancha). Para se defender, Dudu revidou desferindo uma paulada na cabeça da vítima que caiu e foi agredida mais dez vezes até morrer. “Ele ficava me tirando, fazendo gracinha e batendo com o facão na mesa”, disse o assassino, alegando que se arrepende do que fez. “Só me arrependo por causa do meu filho”, completou.

Materiais recuperados pela polícia. (Foto: Renan Nucci)
Materiais recuperados pela polícia. (Foto: Renan Nucci)

Foram roubados no local um celular, carregador, corrente de prata, TV, botijão de gás e uma Honda CG Titan da vítima. Após a ação, Márcio saiu pilotando a moto com o comparsa na garupa. Eles venderam o botijão e compraram drogas para consumo. Os demais objetos foram deixados em um bar, para posteriormente também serem comercializados.

Desfecho - Na noite do mesmo dia, os comparsas foram flagrados pela polícia transitando com a moto pela região. Até então, ninguém tinha conhecimento sobre o crime. Contra Márcio já havia um mandado de prisão em aberto e por isso, acabou detido. Dudu foi embora empurrando a moto e, temendo que alguém descobrisse o que fizeram, voltou à casa onde estava o corpo, na manhã de sexta, e ateou fogo com o intuito de eliminar provas. “Usei isqueiro e espuma para queimar tudo”, reforçou.

O delegado afirmou também que o imóvel era um ponto de distribuição de drogas. “De acordo com testemunhas, tudo indica que lá era uma boca de fumo. O caso já esta bem esclarecido, mas o inquérito ainda não foi encerrado. Todos os itens roubados, incluindo o botijão vendido, foram recuperados pelos investigadores”, comentou.

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