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Capital

Homem que matou travesti diz em júri que foi por legítima defesa

Mariana Lopes | 29/08/2012 11:17
(Foto: Mariana Lopes)
(Foto: Mariana Lopes)

Assassino confesso, Irondi Alves Gonçalves alegou na manhã de hoje (29), no Tribunal do Júri, que matou Rui Manoel Gonçalves Ferreira, na época com 43 anos, por legítima defesa e negou que ateou fogo na vítima. O crime aconteceu no dia 11 de novembro de 2009, na rua Texaco, no bairro Marcos Roberto.

“Eu estava sentado na laje da minha casa, fumando e tomando cachaça, quando me agrediram pelas costas com um pedaço de madeira. Eu só me defendi”, afirma Irondi.

Ele está sendo julgado por matar e atear fogo no corpo em Rui, que era travesti. Irondi responde por homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima e também pelo crime de ocultação de cadáver.

O corpo de Rui foi encontrado queimado e com uma faca no pescoço na laje da casa de Irondi. “Eu matei a vítima com apenas uma paulada no pescoço”, contou o réu durante tribunal de hoje.

Segundo Irondi, a casa onde ele morava não tinha mais portão, portas e nem janelas. “Tirei tudo para trocar por drogas”, contou. Ele afirma que era viciado em crack e que no dia do crime estava sob efeitos do entorpecente.

As investigações na época apontaram que Rui foi morto entre às 2h30 e 5h30, e no depoimento de Irondi de hoje, ele disse que deu a paulada na vítima por volta das 23h. A casa do réu era apontada como ponto de usuários de drogas.

No dia do crime, os vizinhos disseram à polícia que ouviram um barulho muito alto por volta de 2h30 e três horas depois perceberam que o local estava em chamas, e acionaram o Corpo de Bombeiros.

Irondi afirmou hoje que em seguida de ter matado Rui, ele fugiu do local e ficou por uma semana debaixo de um viaduto, até conseguir dinheiro para sair do Estado. Em 2011, ele foi preso em Cascavel, no Paraná, por matar a companheira a facadas.

O Tribunal do Júri está composto pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, pelo promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri e pelo defensor público Ronald Calisto Nunes.

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