Investigação federal sobre máfia do câncer está em sigilo
Está em sigilo a investigação realizada pelo MPF (Ministério Público Federal) sobre a máfia do câncer. De acordo com o MPF, o segredo é necessário para o “resguardo das apurações e à preservação da imagem dos investigados”.
A investigação do MPF já resultou na operação Sangue Frio, deflagrada pela PF (Polícia Federal), nessa terça-feira em Campo Grande. Foram apreendidos documentos que podem ser utilizados como provas para subsidiar apurações ainda não concluídas.
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As apreensões foram feitas no HU (Hospital Universitário), Hospital do Câncer, clínica Neorad e na casa do médico Adalberto Siufi, proprietário da clínica e diretor-presidente da Fundação Carmem Prudente, mantenedora do Hospital do Câncer.
Na casa do oncologista, que já atuou no HU, foram apreendidos R$ 100 mil e quatro armas de fogo. Por isso, ele foi autuado em flagrante por porte de arma e solto após pagamento de R$ 30.510 em fiança.
O MPF passou a investigar o HU depois de verificar situações suspeitas na prestação de serviços de oncologia. Uma delas é que o hospital recusou ajuda federal para reativar o serviço de radioterapia que há alguns anos é terceirizado para a Neorad.
Em outubro do ano passado, liminar da Justiça Federal mandou a direção do HU receber os equipamentos de radioterapia a serem doados pela União.
Pelo MPE – O MPE (Ministério Público Estadual) também investiga irregularidades envolvendo a Neorad, Hospital do Câncer e a Santa Casa de Campo Grande.
O MPE pediu à Justiça o afastamento da direção do Hospital do Câncer, após verificar irregularidades em pagamentos pelos serviços e salários diferenciados para familiares dos diretores.