Irmã de Mayara Amaral denuncia celular "on-line" de réu preso pelo assassinato
Luís Alberto Bastos Barbosa estaria tendo acesso ao Facebook, mas segundo a defesa informação é falsa e leviana

Boletim registrado na Polícia Civil denuncia que, desde o dia 17 de outubro, Luís Alberto Bastos Barbosa, de 29 anos, réu confesso pela morte musicista Mayara Amaral, está tendo acesso ao Facebook. O registro foi feito pela irmã de Mayara, a jornalista Pauliane Amaral.
No Facebook, Pauliane Amaral fez uma postagem afirmando que desde o dia 17 é possível ver Luís on-line no messenger da rede social. Segundo ela, depois de perceber que o perfil do assassino da irmã ainda estava ativo, registrou um boletim de ocorrência em uma das Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
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“O Terceiro Departamento de Polícia de Campo Grande irá investigar de onde foi feito o acesso para confirmar se foi mesmo de dentro do Presídio de Trânsito de Campo Grande (MS), onde ele está atualmente preso. Caso isso seja confirmado, é mais um crime na lista de tantos outros cometidos por Luis Alberto Barbosa Bastos”, escreveu a jornalista.
No texto, Pauliane destaca as postagens ‘fofas’ de Luís, que sempre se mostrava defensor dos animais. “ Que isso sirva de alerta para outras mulheres: o agressor nem sempre tem cara de bandido. Se o caso de minha irmã for para Júri Popular, não é a figura daquele Luis que foi preso que veremos no dia do julgamento, mas a do bom moço que vemos nas fotos que estampam seu Facebook”.
Segundo a delegada responsável pela investigação do caso, Gabriela Stainle da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), a denúncia ainda não chegou à delegacia. Ainda assim, ela afirmou que é possível que o acesso ao Facebook do suspeito esteja sendo feito pela perícia.
Peritos do Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) receberam o celular de Luís no início deste mês, após ele ser devolvido à polícia pela funcionária de um bar de Campo Grande.
Quando foi preso, no dia 26 de julho, o suspeito afirmou que havia perdido o aparelho em um bar, quase dois meses depois, a mulher entregou o celular a polícia, afirmando que havia encontrado no estabelecimento em que trabalha. A delegada então pediu a perícia das mensagens, fotos e arquivos, a justiça.
Defesa - Para o advogado Conrado Passos, responsável pela defesa de Luís, a informação é “leviana”. “Ele está recluso, não tem acesso a nenhum tipo de comunicação. Estão plantando notícias falsas. O sistema de Mato Grosso do Sul é um sistema seguro”, afirmou.
Segundo o advogado, a defesa soube das acusações pela imprensa. Ele alegou ainda que a denúncia não tem procedimento e nem possibilidade de existir.