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Capital

Jovem que ensina inglês pela internet é homenageado por deputados

Paula Vitorino | 06/12/2012 14:03
Felipe recebeu moção da congratulação da Assembleia. (Foto: Assessoria de imprensa)
Felipe recebeu moção da congratulação da Assembleia. (Foto: Assessoria de imprensa)

De casa, mais precisamente da cama da sua mãe, o jovem Felipe Dib, de 24 anos, ensina a cerca de 5 mil pessoas diariamente a língua mais falada no mundo, o inglês. A iniciativa, que existe há mais de 1 ano, fez ele ganhar prêmio nacional como “Jovem Inspirador” e receber moção de congratulação na Assembleia Legislativa, nesta manhã.

“É uma realização ver algo que criei para fazer a diferença na vida de alguém e que hoje faz para 5.500 pessoas por dia”, disse.

A ideia de ensinar inglês de casa nasceu como agradecimento pela vida. O jovem sofreu acidente em agosto do ano passado, quando viajava para Três Lagoas, o carro teve perda total, mas ele saiu apenas com “um arranhão na mão”.

“Para agradecer a Deus pela vida resolvi criar o projeto. Em cerca de um mês gravei 23 aulas”, conta.

Mas quando o projeto começava a se consolidar, Felipe sofreu um outro acidente grave. Desta vez teve vários ferimentos, fraturas no fêmur e precisou passar por um período de recuperação.

Ainda assim, o acidente não o fez desistir do projeto, que por meio das aulas no YouTube foi conquistando mais e mais alunos. Ele conta que pessoas de outras cidades, de várias idades, já disseram ter conseguido aprender um pouco da língua por conta das aulas.

O projeto empreendedor ganhou repercussão nacional com o primeiro conquistado na semana passada. Ente 10 mil participantes, ele ganhou o título de “Jovem Inspirador”, de concurso promovido pela revista Veja.

Apesar do projeto não ser sua “profissão”, o jovem planeja aprimorar a iniciativa para melhorar as aulas à distância. As aulas já saíram do Youtube e agora estão reunidas em um site: www.voceaprendeagora.com.br.

Andando com o auxílio de muletas, devido as sequelas do acidente que estão nas pernas, o jovem prefere não chamar de “perdas” ou “sequelas” os resultados do acidente e se considera um vencedor.

“Não tenho do que reclamar, dizer que fiquei com sequelas. Tenho uma vida maravilhosa e me considero um homem realizado”, afirma.

Devido às fraturas na perna, Felipe precisou passar por cirurgias e realiza fisioterapia. Fora do trabalho voluntário, Felipe também é empreendedor: com apenas 24 anos o jovem formado em Relações Internacionais é professor universitário da mesma graduação.

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