Juiz pede mais policiamento em bairros marcados pela guerra entre gangues
O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, reforçou pedido feito em outubro do ano passado para que a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) reforce o policiamento na divisa do Parque do Sol com o Dom Antônio Barbosa. No entendimento do magistrado, o local sofre com a ação de gangues rivais.
Para ele, a situação perdura por mais de uma década. O juiz sugere ainda a instalação de uma base militar de pacificação na região.
Garcete emitiu o ofício durante audiência referente ao processo referente a morte de Issac Eleandro Virginio de Oliveira, 34 anos, e Lucas Vieira de Souza, 14 anos, em dezembro de 2011. Um dos réus, Thiago Correia dos Santos, 25 anos, morreu no dia seguinte ao crime em confronto com a polícial. O outro acusado está foragido.
A PM (Polícia Militar) contesta a solicitação, afirma que a região mudou nos últimos anos e o número de crimes contra a vida no local já foi reduzido. O bairro inclusive foi atendido durante as duas operações “Cidade Tranquila”, que reforçou policiamento para retirar das ruas criminosos foragidos e motoristas com veículos irregulares.
“Não entendo essa preocupação agora. De 2011 para cá são quatro anos e lá não é o local mais violento de Campo Grande. Temos viaturas do Los Angeles e do Aero Rancho que fazem policiamento lá”, afirmou o comandante de Polícia Metropolitana, coronel Francisco de Assis Ovelar.
Ele afirma que desconhece a existência desses dois ofícios, mas garante que o policiamento nessa região tem sido feito com frequência, até mesmo por estar perto da comunidade Cidade de Deus, alvo de constantes incursões de viaturas.