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Capital

Lago apenas semicheio frustra feriado de famílias no Parque das Nações

Prazo de 48 horas previsto pelo secretário estadual de Meio Ambiente para paisagem voltar ao normal vence nesta sexta-feira

Jones Mário e Fernanda Palheta | 11/10/2019 09:35
Mônica Carlini e a neta Bianca se depararam com lago ainda raso neste feriado (Foto: Henrique Kawaminami)
Mônica Carlini e a neta Bianca se depararam com lago ainda raso neste feriado (Foto: Henrique Kawaminami)

Quem tirou o feriado de criação do Estado na expectativa de ver o lago do Parque das Nações Indígenas cheio novamente se frustrou na manhã desta sexta-feira (11). Os bancos de areia que marcaram a paisagem do cartão-postal de Campo Grande nos últimos meses continuam e decepcionou a a criançada ansiosa por alimentar os peixes.

A personal de tecnologia Mônica Carlini, 58 anos, levou a neta Bianca, 3, para aproveitar a manhã no Parque, na esperança de encontrar o lago já cheio. “Ela adora o lago, adora natureza e queria dar comida para os peixes. Vamos ter que voltar amanhã”, disse.

O gerente comercial Adriano Basili, 33, teve a mesma ideia de Mônica e levou o filho, Arthur, 3. “Eu espero que quando encher de verdade os peixes voltem, porque é um atrativo. Eu venho todo fim de semana no Parque, costuma trazer ração”, contou, enquanto o pequeno insistia em ir até o banco de areia para ver a água mais de perto.

O empresário Lauro Klaine, 59, corria na pista e parou sobre a ponte para observar o lago. “Venho de três a quatro vezes por semana. O Parque ficou muito triste, perdeu a graça”.

A curiosidade diante do lago era nítida entre quem foi até o Parque das Nações. Alguns paravam para analisar o cartão-postal. As crianças queriam chegar o mais próximo possível da água.

Adriano e o filho Arthur queriam alimentar os peixes do lago (Foto: Henrique Kawaminami)
Adriano e o filho Arthur queriam alimentar os peixes do lago (Foto: Henrique Kawaminami)
Paisagem do lago ainda é dominada pelos enormes bancos de areia (Foto: Henrique Kawaminami)
Paisagem do lago ainda é dominada pelos enormes bancos de areia (Foto: Henrique Kawaminami)

O lago começou a receber água na quarta-feira (9), após quase quatro meses do esvaziamento para as obras de desassoreamento. Naquele dia, o titular da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, informou prazo de 48 horas para que a paisagem voltasse ao normal.

O secretário revelou ainda que 68 milhões de metros cúbicos de água seriam utilizados na operação. De acordo Verruck, ainda falta concluir as etapas de desassoreamento do córrego João Português e Réveiilon, cujas nascentes ficam na região, e a reforma do gabião. Junto com os trabalhos no João Português, está prevista a reforma dos decks, hoje em más condições de conservação.

As obras de desassoreamento do lago do Parque das Nações começaram em junho deste ano, em parceria entre a Prefeitura de Campo Grande e o governo do Estado. O enorme banco de areia formado chegou a ser palco de protestos contra o descaso com o local.

À época, os serviços foram estimados em R$ 8 milhões. Pelo menos 140 mil metros cúbicos de areia foram removidos do lago.

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