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Capital

Laudo diz que idosa teve cabeça esmagada e contraria versão de assassina

A ré confessa, Pâmela Ortiz, alegava que os ferimentos em Dirce Santoro, 79 anos, foram causados em reação à tentativa de assalto

Geisy Garnes | 21/05/2019 17:39
Pâmela está presa pelo crime desde o dia 25 de fevereiro (Foto: Reprodução Facebook)
Pâmela está presa pelo crime desde o dia 25 de fevereiro (Foto: Reprodução Facebook)

Laudo feito pelo Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) de Campo Grande comprovou que a idosa Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos, teve a cabeça esmagada em um meio-fio, a poucos metros de onde seu corpo foi encontrado na Rua Sete, região Núcleo Industrial. Os exames desmentem a nova versão apresentada pela acusada do crime, Pâmela Ortiz de Carvalho, em audiência.

No dia 6 deste mês, Pâmela foi levada ao Fórum de Campo Grande para acompanhar a primeira audiência do caso. Ao fim dos depoimentos, a defesa dela, feita pelo advogado Edmar Soares da Silva, adiantou que em depoimento a cliente vai mudar a versão apresentada pela polícia e irá afirmar que foi vítima de uma emboscada armada pela própria aposentada.

Na versão, as duas saíram para Dirce receber dinheiro, mas no local indicado, foi surpreendida por motociclista que anunciou assalto. Os dois entraram em luta e Pâmela teria usado uma machadinha para ferir o suspeito. A idosa então interviu, tentando ajudar o comparsa, mas também foi ferida.

O exame anexado ao processo, feito com as provas colhidas no local em que o corpo da idosa foi encontrado e também a analise do corpo da vítima, desmente a história. Segundo o laudo, apesar do avançado estado de decomposição é possível perceber que Dirce tinha lesões na região da cabeça “com provável fratura devido à ação contundente”.

A cerca de oito metros do corpo, os perito encontraram marcas de sangue e massa encefálica, além de fios de cabelo, no meio-fio e no asfalto. “Sendo altamente provável que a cabeça da vítima tenha se chocado violentamente contra aquela guia”, escreve o perito.

Ainda foram encontradas provas que Dirce foi arrastada pelas pernas e de bruços até o ponto em que foi encontrada, como arranhados no peito e amassados nas bordas da calça. O laudo ainda destaca que pelo porte físico da vítima, cerca de 50 quilos e 1,55 metros, Pâmela conseguiram puxá-la sozinha, mas que não é possível desconsiderar a participação de outra pessoa.

Na delegacia, os peritos recolheram material genético nas unhas de Pâmela, assassina confessa da idosa, para submeter a exame e comprovar a autoria do crime. O resultado, assim como os exames da necropsia, ainda não foi enviado à justiça.

Vestígios de sangue encontrados no meio-fio em foto anexada ao processo
Vestígios de sangue encontrados no meio-fio em foto anexada ao processo

Na delegacia – Segundo as investigações da 7ª Delegacia de Polícia Civil e da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), o crime aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2019, após a idosa descobrir que a acusada estava usando seus cartões para compras pessoais sem sua autorização.

As duas teriam saído para resolver o problema no sábado, dia 23 de fevereiro, mas discutiram. A vítima tentou sair do carro em movimento e caiu. Nervosa, Pâmela desceu e bateu a cabeça da idosa no meio-fio até matá-la.

Na tentativa de despistar qualquer suspeita, a assassina chegou a ir até a delegacia na segunda-feira (25) para ajudar nas buscas pela idosa. Ela só admitiu ter assassinado Dirce ao saber que câmeras de segurança flagraram o momento em que ela saiu com a vítima no sábado. Ela foi presa em flagrante, teve a prisão preventiva decretada e está no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”.

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