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Capital

Líder do PCC no Estado é absolvido de participação na morte de infiltrado

Leonardo dos Santos Costa, o Apolo, estava entre os 16 suspeitos de participação na morte de Mauro Éder Pereira, o Fininho

Silvia Frias, Gabriel Neris e Mirian Machado | 26/06/2019 17:35
Leonardo Caio dos Santos Costa, o Apolo, foi absolvido da acusação de homicídio qualificado (Foto: Henrique Kawaminami)
Leonardo Caio dos Santos Costa, o Apolo, foi absolvido da acusação de homicídio qualificado (Foto: Henrique Kawaminami)

Leonardo Caio dos Santos Costa, conhecido como Apolo, foi absolvido nesta quarta-feira (26) da acusação de homicídio simples pela morte de Mauro Éder Araújo Pereira, o Fininho. O julgamento foi realizado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Apolo estava entre os 12 presos e 4 adolescentes apreendidos suspeitos de participação na morte de Fininho. O promotor Douglas Oldegardo explicou que Apolo era o “geral do progresso”, cargo dado ao líder estadual do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os restos mortais de Mauro Éder foram encontrados no dia 21 de julho de 2017, em meio a mata fechada, às margens da estrada vicinal que dá acesso ao balneário Atlântico, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande.

A vítima, que fazia parte do PCC, foi julgada pela facção e condenada à morte após passar seis dias em cárcere privado. Mauro teve a execução filmada e as imagens foram divulgadas na internet.

No crime, segundo acusação, Apolo foi um dos três homens responsáveis por levar Fininho até o local do julgamento e participou do tribunal, dando voto para que ele fosse morto.

Mauro Éder foi morto por ter cometido uma das três piores “faltas” existentes na facção: Fininho era do Comando Vermelho, infiltrado no PCC. O grupo queria saber o que ele havia passado para o grupo rival e, ainda, informações sobre o CV. As outras penalidades passíveis de execução seriam dívida de droga e matar alguém sem autorização da facção.

Durante o julgamento, a promotoria mostrou o vídeo em que a vítima confessa ser infiltrado e implora por misericórdia. Logo depois, aparece de joelhos e morto com tiro na nuca.

O autor dos disparos, André Abner Corrêa de Arruda, 21 anos, foi condenado a 19 anos e cinco meses de prisão pela execução. No julgamento, no dia 19 de setembro do ano passado, ele assumiu autoria do crime sozinho, dizendo que aconteceu por conta de dívida de droga.

Para a promotoria, o rapaz assumiu autoria em conluio com a facção. “Apareceu um ‘digníssimo’ confessando o crime dizendo que era dívida de droga, para livrar os 12 réus”. O MPE considera a participação dele no tribunal, mas descarta que tenha agido sozinho.

“Eles não tem o menor pingo de moral, de ética, de senso de justiça, executam as pessoas pelas costas; não existe nada mais frio, mais repugnante e mais assustador como a forma que os membros matam seus adversários”.

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