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Capital

Lixão em bairro ameaça moradores que temem o "mosquito vilão"

Alan Diógenes | 25/12/2015 10:30
No "lixão" é possível encontrar de tudo, até pneus e móveis velhos. (Foto: Alan Diógenes)
No "lixão" é possível encontrar de tudo, até pneus e móveis velhos. (Foto: Alan Diógenes)
O aposentado Ermídio não sabe mais o que fazer para as pessoas pararem de jogar lixo. (Foto: Silas Lima)
O aposentado Ermídio não sabe mais o que fazer para as pessoas pararem de jogar lixo. (Foto: Silas Lima)

A preocupação da maioria das pessoas parece que não chegou ao Bairro Panamá, considerada uma das regiões com maior incidência do mosquito Aedes aegypti. Por lá, uma área no final da Rua Itamirim virou um verdadeiro lixão com pneus, embalagens com água, restos da construção civil e muita poda de árvore.

Todo mundo já sabe que essa é a melhor moradia para o vilão, que transmite dengue, chikungunya e zika vírus. Para piorar a situação, o asfalto foi feito de forma rebaixada na via e toda vez que chove, a água fica acumulada. Moradores próximos aos terrenos baldios não sabem mais o que fazer.

É o caso da técnica administrativa Jeiza Oliveira Santos, 60 anos. “O pessoal joga entulho o tempo todo. Eu sempre pago R$100 mensalmente para que limpem o terreno ao lado da minha residência. De noite é muito mosquito. Pelo amor de Deus”, destacou.

Ela também explicou o que aconteceu para a água ficar acumulada na rua. “Antes a rua era fechada, depois abriram e fizeram um loteamento. Mas, esqueceram de colocar as bocas de lobo. Resultado: a água fica empossada o tempo todo”, apontou Jeiza.

O aposentado Ermídio R. Andreata, 80, disse que a população começou a jogar lixo na área assim que abriram esta rua. “É incrível toda hora tem alguém jogando lixo, com tantas notícias sobre epidemia as pessoas não se conscientizam. Quando caminho por ali sempre sinto o cheiro de animal morto”, comentou.

Já o aposentado Paulo Roberto, 58, falou que moradores começaram a jogar lixo no local depois da greve da Solurb, empresa responsável pela coleta de lixo na Capital, em setembro deste ano. “Os agentes de saúde sempre estão alertando, mas mesmo assim o pessoal continua jogando. É muita sujeira e insetos o tempo todo entrando dentro de casa”, salientou.

Ele afirmou que a população sempre coloca a culpa da prefeitura, mas esquece de fazer sua parte. “Pessoas bem sucedidas vivendo culpando o governo ou a prefeitura. Gente, precisamos ter mais educação. Não precisa as autoridades gastarem o seu dinheiro para limpar terrenos sendo que você mesmo pode fazer isso”, concluiu Paulo.

O catador de materiais recicláveis tenta amenizar o problema. Toda vez que visita a área, ele joga a água dos recipientes. “Faz um ano que passo por aqui e nunca vi isso aqui. Tento ajudar por causa do mosquito da dengue. Não dá para tirar a água de tudo, mas os que eu vejo consigo tirar. Faço a minha parte como cidãdão”, finalizou.

Podas de árvores, restos de construção civil, televisores e sofás são encontrados no local. (Foto: Alan Diógenes)
Podas de árvores, restos de construção civil, televisores e sofás são encontrados no local. (Foto: Alan Diógenes)
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