Lojas abrem para venda de presentes das crianças, mas movimento é baixo
A movimentação no centro da cidade neste feriado não respondia exatamente às expectativas dos comerciantes. Seja pela chuva ou pelo dia de folga, apesar das lojas estarem de portas abertas, não eram tantos pais assim comprando os presentes.
O foco este ano não ficou somente nas lojas de brinquedos. Muitos comércios de roupas e perfumes também enfeitaram as vitrines para os baixinhos.
Gerente de uma loja de brinquedos, Antônio Roberto Guizani, detalheu que sentiu um movimento 2% menor em relação às vendas para o 12 de outubro do ano passado.
“A diferença é que no ano passado saíram brinquedos menores, de valor mais baixo, que geralmente as pessoas compravam para doação. Esse ano está saindo menos brinquedos, mas mais caros”, explicou.
A expectativa é de que até o final do dia o movimento melhore. Os comerciantes esperavam que ontem fosse o dia dos pais saírem às compras, mas a chuva frustrou.
A quinta-feira era para o gerente Valdenir Montagnani o dia de repor o prejuízo com a queda da árvore na avenida Afonso Pena, na tarde de ontem. Pelo transtorno ele teve de fechar o comércio, que hoje abriu as portas esperando lucrar.
“Ontem tivemos muitos contratempos a expectativa ainda é a de recuperar os prejuízos de ontem”, dizia.
No início da manhã a loja parecia movimentada em relação aos demais dias. No entanto não se comparava ainda a movimentação esperada para a data.
A explicação para a pouca movimentação pode vir da pesquisa realizada em setembro pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande. Dos pais entrevistados, 60% deles afirmaram que vão às compras em shoppings. Apenas 30% disseram que iriam comprar nos estabelecimentos no Centro da cidade.
A mãe Cristina Aparecida Alves, 30 anos, foi uma das consumidoras que encarou parte da manhã em lojas do centro. Cabeleireira e mãe de quatro filhos, dos dois mais velhos ela já havia comprado os presentes. Faltava apenas dos mais novos.
“Deixei hoje para comprar o das meninas, vou levar bonecas. Pesquisei bastante e estou achando o preço igual ao do ano passado”.
Entre as consumidoras estavam duas que compravam para festas de Dia das Crianças, que será realizada nos bairros Aero Rancho e São Conrado. “Os presentes eu achei bem mais caro este ano. Mas mesmo assim tem que fazer solidariedade, tem família que não tem condição”, dizia Maria Bezerra, 66 anos.
Para a filha, Aline Arcanjo, 30 anos, já tinha comprado o presente. Hoje a saída era para os brinquedos de doação. Depois de juntar dinheiro com a família, ela foi às ruas para comprar 40 brinquedos.
“Estão mais caros em relação a qualidade dos brinquedos. As crianças também estão mais exigentes”, avaliou. Hoje o comércio no centro fica aberto até as 18h.