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Capital

Loteamento fechado quer mudar uso de solo em área rural de Campo Grande

Mudança será discutida em audiência pública aberta à população em agosto

Por Kamila Alcântara e Aline dos Santos | 03/07/2025 08:27
ueLoteamento fechado quer mudar uso de solo em área rural de Campo Grande
Mapa mostra a zona de expansão da Capital e onde o empreendimento quer se fixar (Foto: Reprodução)

A Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) marcou uma audiência pública, no dia 14 de agosto, para apresentar e debater o EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança ) de um loteamento fechado que pode ser construído às margens da BR-262, entre os bairros Noroeste e Maria Aparecida Pedrossian.

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A Planurb realizará audiência pública em 14 de agosto para debater o Estudo de Impacto de Vizinhança de um loteamento fechado às margens da BR-262, em Campo Grande. O projeto, da Perplan Incorporação, prevê a transformação de 42 hectares de área rural em urbana, entre os bairros Noroeste e Maria Aparecida Pedrossian. O empreendimento, que contempla residências de médio e alto padrão, além de áreas comerciais e de lazer, deve gerar mais de R$ 21 milhões em impostos municipais em 20 anos. A região possui abastecimento de água, mas carece de esgoto e coleta seletiva, apresentando também risco natural de erosão.

O empreendimento prevê a mudança do uso do solo de área rural para urbana, em uma região classificada como ZEU (Zona de Expansão Urbana). O pedido para alterar o uso da área foi feito pela Perplan Incorporação, empresa de Ribeirão Preto (SP), que contratou a consultoria Madeira & Madeira LTDA para elaborar o estudo.

Retirando parte da Fazenda Ponteio, o loteamento será em um terreno com quase 100 hectares. O projeto prevê que, inicialmente, pouco mais de 42 hectares sejam incluídos no perímetro urbano. A área faz divisa com o Residencial Shalom e está a cerca de 10 km do Centro da Capital.

Segundo o estudo, o local ainda tem perfil rural, com criação de gado e pastagem. Parte da área é próxima ao córrego Bernardo. O plano é construir casas de médio e alto padrão, além de espaços comerciais e de lazer.

Loteamento fechado quer mudar uso de solo em área rural de Campo Grande

Esse levantamento aponta que a região já tem abastecimento de água, mas a cobertura de esgoto é muito baixa, atendendo menos de 2% dos domicílios. No entorno do empreendimento, a coleta de lixo é regular, mas não há coleta seletiva.

Já com relação ao solo, o estudo cita que o terreno tem risco natural de erosão, mas que atualmente não há danos graves. O impacto no trânsito também será avaliado, assim como o acesso a transporte público e equipamentos de saúde e educação.

A empresa defende que a alteração do uso do solo pode gerar arrecadação de impostos como IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), criação de empregos durante a obra e com o funcionamento do loteamento. A previsão é que o empreendimento movimente mais de R$ 21 milhões em impostos municipais ao longo de 20 anos.

Loteamento fechado quer mudar uso de solo em área rural de Campo Grande


A audiência será no dia 14 de agosto, às 18h, no auditório da Planurb, na Rua Hélio de Castro Maia, 279 – Jardim Paulista. A transmissão ao vivo será pelo canal da Educação Ambiental da Planurb no YouTube.

Crescimento forçado - No ano passado, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei que "forçou" a área urbana a crescer para atender solicitação de condomínio de luxo na mesma região, na saída para Três Lagoas. O empreendimento terá 392 lotes e vai ficar ao lado do residencial de luxo Damha, no Maria Aparecida Pedrossian.

O pedido foi da Corpal Incorporadora e Construtora, que tem sede em Dourados e atua no setor de loteamentos de alto patrão. O projeto em Campo Grande, localizado no reduto de três condomínios de luxo, tinha 91,33 % em zona urbana (494.999,134 metros quadrados) e 8,67% na chamada Zona de Expansão Urbana.

A estimativa é de investimento entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões para que o loteamento tenha rede de água, esgoto, energia elétrica, vias de acesso e área verde. A previsão é arrecadar R$ 8 milhões em impostos para os cofres municipais.

Loteamento fechado quer mudar uso de solo em área rural de Campo Grande
Área demarcada em laranja mostra local de novo loteamento, perto do Damha. (Foto: Reprodução).

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