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Capital

Maior casa de apoio a PCC tem aluguel de R$ 5 mil e PF vai verificar contratos

Investigações começaram em fevereiro, quando presos tentavam encomendar execução de agente do presídio federal

Aline dos Santos e Ronei Cruz | 26/06/2019 10:58
Imóvel com piscina e aluguel de R$ 5 mil na Vila Bandeirantes. (Foto: Divulgação/PF)
Imóvel com piscina e aluguel de R$ 5 mil na Vila Bandeirantes. (Foto: Divulgação/PF)

Num roteiro por seis endereços em Campo Grande, que vai de casas com piscina a pequenos imóveis, equipes da PF (Polícia Federal) apreenderam documentos, mídias eletrônicas e celulares em pontos de apoio a facções criminosas.

A estrutura, que acolhe parentes de internos da Penitenciária Federal, inclui um imóvel com piscina e cujo aluguel é de R$ 5 mil, localizado na Vila Bandeirantes. Os contratos de locação serão analisados na investigação. A lista de facções inclui PCC (Primeiro Comando da Capital), CV (Comando Vermelho), FDN (Família do Norte) e GDE (Guardiões do Estado), originária do Ceará.

De acordo com o delegado Alan Givigi, o maior imóvel, no momento das buscas, tinha seis mulheres além de crianças. Nesta madrugada, havia chegado uma pessoa vinda do Ceará. “A facção mostra que está tomando conta dos integrantes e da família”, diz.

Conforme o superintendente da Polícia Federal, Cleo Mazzotti, a ação não criminaliza os parentes, mas busca saber se recados são enviados do presídio para fora. Neste caso, a pessoa pode ser punida por integrar a facção. Os imóveis seguem em funcionamento. Além da Vila Bandeirantes, a PF divulgou que há casas no Jardim Leblon, Jardim Parati e Jardim Tijuca.

Sintonia final – A operação KRIMOJ (tradução de crime em Esperanto), realizada nesta quarta-feira, é resultado de investigações abertas em fevereiro deste ano, quando foi identificado bilhete, cuja intenção é de que um pedido saísse do presídio para a sintonia final, que corresponde ao comando do PCC. A solicitação era para autorizar a execução de agentes do presídio.

Segundo o diretor em exercício da Penitenciária Federal de Campo Grande, Marcelo Silva, desde 12 de fevereiro as visitas passaram a ser realizadas somente no parlatório, sem contato físico. As visitas íntimas são proibidas desde 2017.

O pedido autorizando assassinato seria uma retaliação. O crime era tramado por seis presos do PCC. A ação foi realizada em parceria com o Depen (Departamento Penitenciário Federal). Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 3ªVara da Justiça Federal de Campo Grande.

Delegado Alan Givigi; superintendente da PF, Cleo Mazzotti, e diretor do presídio federal, Marcelo Silva durante entrevista coletiva. (Foto: Ronei Cruz)
Delegado Alan Givigi; superintendente da PF, Cleo Mazzotti, e diretor do presídio federal, Marcelo Silva durante entrevista coletiva. (Foto: Ronei Cruz)
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