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Capital

"Me afastei um minuto só", diz mãe de garoto de 3 anos que morreu afogado

Pais do garoto e amiga do casal prestaram depoimento; polícia aguarda imagens da câmera de segurança do parque aquático

Silvia Frias e Clayton Neves | 30/10/2020 15:06
Nas redes sociais, postagem após a morte do garoto (Foto/Reprodução)
Nas redes sociais, postagem após a morte do garoto (Foto/Reprodução)

A mãe do menino de 3 anos  que se afogou em parque aquático de Campo Grande disse à Polícia Civil que se “afastou um minuto só” de onde o filho estava. O afogamento aconteceu na tarde de domingo (18) e o garoto morreu uma semana depois (25).

Os pais do garoto e a amiga do casal prestaram depoimento à Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) no inquérito que apura as circunstâncias do acidente com o menino.

A delegada Franciele Candotti disse que foi “depoimento muito difícil” e que os pais estão muito abalados.

À reportagem, Franciele citou apenas o depoimento prestado pela mãe no dia do ocorrido. Segundo o relato, o menino estava na piscina menor, destinada às crianças. Os pais teriam se afastado para tirar foto do filho da babá, que estava em brinquedo próximo. Quando voltaram, deram falta do garoto, que foi encontrado na outra piscina. As testemunhas dizem que não havia salva vidas por perto.

Franciele Candotti disse que o afogamento em curto espaço de tempo seria possível por conta do porte físico de menino de 3 anos, pequeno. “Um segundo foi necessário para a criança sair de uma piscina e ir para outra e poucos minutos para que ela se afogasse”, avaliou.

A polícia aguarda o envio das imagens da câmera de segurança para atestar a versão dada pelos pais e a informação sobre a presença de salva vida nas proximidades. Caso alguma irregularidade seja verificada, o parque aquático pode ser responsabilizado na esfera cível.

Em relação aos pais, o andamento do inquérito depende das imagens e de outros depoimentos e, a partir disso, pode ser encerrado com indiciamento por negligência, homicídio e até arquivamento, em caso de acidente.

No depoimento, segundo Franciele, a mãe disse que o garoto fazia natação e sempre foi alertado de não se aproximar da piscina na casa da família. A delegada disse que fica o alerta de que não se pode se afastar, mesmo em situação de aparente controle.

Nas redes sociais, muitas pessoas se mobilizaram em orações durante o período que o garoto ficou internado. Depois de atestado óbito, a família autorizou a doação de órgãos.

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