Moradora diz que incêndios em mata perto de hospital se repetem há 30 anos
Terreno de mais de 800 metros foi consumido pelo fogo durante a madrugada desta segunda-feira (15)
Morando há 30 anos no bairro Chácara Cachoeira, a aposentada Miriam Moreira, de 65 anos, não se lembra de um ano em que a mata na Rua da Assembleia não tenha pegado fogo. Na madrugada desta segunda-feira (15), um terreno de mais de 800 metros quadrados foi incendiado. O espaço fica próximo a dois grandes hospitais.
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Incêndio em terreno baldio atinge área próxima a hospitais em Campo Grande. Moradores relatam que queimadas são frequentes no local, ocorrendo pelo menos duas vezes ao ano há três décadas. A fumaça intensa, na madrugada de segunda-feira (15), causou preocupação em funcionários e pacientes dos hospitais. A aposentada Miriam Moreira, moradora da região há 30 anos, afirma que a limpeza inadequada do terreno contribui para os incêndios. Ela e outros vizinhos temem que as chamas atinjam suas residências. As autoridades investigam as causas do incêndio, mas suspeita-se que um novo foco tenha surgido em terreno vizinho devido à vegetação seca e ventos fortes.
Seis horas após o registro do incêndio, o Campo Grande News esteve no local para verificar a situação e encontrou a área devastada, com pequenos focos de fogo ainda ativos. Em um terreno vizinho, na quadra ao lado, outro incêndio começava.
Miriam Moreira contou à reportagem que se surpreendeu ao encontrar a área em frente à sua casa completamente incendiada. "Durante a madrugada não ouvimos nada. Agora de manhã até levei um susto quando eu vi. A gente até estava falando que daqui a uns dias iria pegar fogo, pois estava muito seco e o mato alto", lembrou ela.
A moradora conta que os proprietários do terreno não costumam limpá-lo de forma adequada. "Quando começa a secar, aí queima. É dessa forma que esses terrenos são limpos todo ano. Eu moro aqui há 30 anos e, pelo menos duas vezes por ano, isso aqui é incendiado", detalhou. Ainda segundo ela, todos os anos é uma correria entre os vizinhos para conseguirem retirar os carros das garagens, com medo de que as faíscas atinjam as residências.

"Ontem à tarde, estava fazendo biscoitos e, de repente, começou a entrar fuligem em casa. Suja tudo. Quando vi, tinha fuligem no biscoito, mas não era da queimada desse terreno. Era de outro. [...] Isso é recorrente", finalizou Miriam.
Poucos metros à frente, funcionárias de um hospital analisavam a área queimada. Elas comentaram ao portal que durante a madrugada a fumaça era tanta que preocupou os funcionários e pacientes internados.
"Eram umas 2h quando tudo começou. As enfermeiras estavam muito preocupadas. [...] Hoje cedo, quando desci do ônibus, vi uma viatura do Corpo de Bombeiros um pouco mais para baixo", contou a funcionária, de 52 anos.
Trabalhando no local há três anos, ela afirma que a situação é frequente. "Da última vez, vimos que foi um andarilho que passou e ateou fogo. Dessa vez, não sabemos como foi que aconteceu", finalizou ela.
Ao lado do terreno que pegou fogo, que tem a entrada na Rua Doutor Mário Gonçalves, próximo à Rua Doutor Michel Scaff, um novo foco de incêndio se iniciava na manhã de hoje. A área, com mata alta e seca, combinada com o tempo seco e os fortes ventos, facilitava a propagação do fogo.
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